domingo, 27 de agosto de 2017

126. The slings and arrows of outrageous fortune

Sua Excelência o ministro Gilmar Mendes declarou-se surpreso ao constatar que o Juiz Geraldo Bretas havia expedido um novo mandado de prisão contra Jacob Barata Filho, o ‘rei dos ônibus’. “Em geral, o rabo não abana o cachorro, é o cachorro que abana o rabo,” disse ele.
E eu concordo com o eminente jurisconsulto. Metaforicamente falando, Sua Excelência comparou-se a um cachorro. Eu também acho que ele é – sempre metaforicamente – um cachorro.
Mas de que raça? É difícil dizer. Aquelas orelhonas, seriam elas de um basset hound? O focinho, creio eu, é fácil de identificar: trata-se de um buldogue. O olhar: dobermann, eu acho. Quem sabe, rottweiler. As olheiras sugerem um mastiff inglês, mas não tenho certeza.
E, last but not least, o caráter: sem dúvida alguma, um pitbull.

Agora, voltemos a Shakespeare.

126. The slings and arrows of outrageous fortune
Tradução: Os golpes e as flechas de um destino ultrajante
Significado: Os revezes sofridos por uma vítima da injustiça
Fonte: Hamlet, Ato III, cena 1
Hamlet: To be, or not to be: that is the question:
Whether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them? To die: to sleep;
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to, 'tis a consummation
Devoutly to be wish'd.

Hamlet: Ser ou não ser: eis a questão:
Será mais nobre ao espírito sofrer
As pedras e as flechas do destino ultrajante,
Ou pegar em armas contra um mar de problemas,
E, opondo-se a ele, dar-lhes fim? Morrer: dormir;
Nada mais; e com o sono terminar
A dor no coração e os mil conflitos naturais
De que a carne é herdeira. Eis um fim
ardorosamente desejado.


 Exemplo moderno: “Slings and arrows”: Donald Trump’s thinly vintage anti-Semitism and outrageous fortune

That was quite a speech that Father Charles Coughlin gave in Florida on Thursday.

Oh sorry, that wasn’t Father Coughlin. It was Donald Trump, Republican nominee for president of the United States, mainstreaming language that has mostly been confined to the fringes of the right wing ever since Coughlin, a once-vocal supporter of the New Deal, turned against Franklin Roosevelt in the late 1930s and used his national radio show to broadcast isolationist “America First” propaganda and anti-Semitic invective. (http://www.salon.com, 14 October 2016)

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