terça-feira, 27 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Alzheimer: A maior prova de que não sofro de Alzheimer é que tenho perfeita consciência de tudo que ando esquecendo ultimamente.

1.   Medidas extremas: Devido à longa estiagem, o governo de São Paulo está plantando ventos, na expectativa de colher tempestades.

1.   O Rei: Quem critica o Pelé por nunca se envolver em nenhuma campanha contra o racismo se esquece que desde 1958 ele é branco e não tem nada a ver com isso.

1.   Exagero: Eu acho o direito de ir e vir (Constituição Federal, art. 5, inc. XV) uma liberalidade exagerada: certas pessoas só deviam ter o direito de ir.

1.   Surpresa: A garota de programa ficou espantada com a upepê do alemão.
CRISE!

Senhores,

O resultado das eleições na Grécia criou um clima de incerteza na Europa. Por isso, parto para a Alemanha amanhã para visitar minha filha, meu genro e meus três netos e também para levar uma palavra de tranquilidade a todos os países membros da União Europeia, principalmente a Grécia, por onde também passarei, asseverando-lhes que as Fábulas Fantásticas, de Ambrose Bierce, que eu traduzi, encontram-se à disposição de todos no site da Saraiva e da Dubolso Digital. Até a volta, amigos!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Boato: Andam chamando de volume morto o livro Fábulas Fantásticas, de Ambrose Bierce, que eu tive a honra e o trabalhão para traduzir e publicar pela Editora Saraiva e Dubolso Digital. Mentira! Volume morto é outra coisa. Nada a ver.


2.   Alvos: A pontaria dos que disparam balas perdidas é sinistramente certeira.
CONTA OUTRA, VÓ

91.    Era uma vez uma ovelha negra, mas sua família não ligava, pois o pai, a mãe e os irmãos eram todos negros.

92.    Era uma vez uma ovelha que sofria de insônia e, para dormir, contava pastores: um pastor, dois pastores, três...

93.    Era uma vez um crocodilo sensível que, quando ficava triste, chorava lágrimas de verdade.

94.    Era uma vez um canguru-fêmea tão chique que carregava seu bebê numa bolsa Louis Vuitton.


95.    Era uma vez um porco que adorava pérolas, mas só lhe davam restos de comida, pobrezinho.

domingo, 25 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

403.   Crise: Em virtude da grave crise hídrica por que passa a região sudeste, a luz do fim do túnel será desligada em dias alternados, das 18h às 6h. Contamos com sua compreensão.

299.   Explicação: Ao encontrar Sherlock Holmes, vegetariano de carteirinha, jantando no Ritz, o Dr. Watson surpreendeu-se quando viu o assado de cordeiro no prato do amigo.
- Holmes, eu não entendo. Você, comendo carne?
- Alimentar, meu caro Watson.

8.   Pergunta eternamente sem resposta: Mas onde é que a gente vai parar?

3007.   Pergunta eternamente sem resposta: Será o Benedito?

1.   Pergunta eternamente sem resposta: Onde já se viu uma coisa dessas?

40.139.   Pergunta eternamente sem resposta: Quem escreveu isso na lousa?


sábado, 24 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Diagnóstico: A situação geral do país está até certo ponto preocupante, como consequência da queda dos preços do petróleo, da crise econômica internacional e da herança maldita do FHC.

2.   Luta contra o racismo: Nas Olimpíadas serão instalados detectores de banana em todos os estádios, ginásios poliesportivos, raias e piscinas do país. Vai ser um pouco mais complicado na Baía da Guanabara, por uma questão de logística.

3.   Palavra do pregador bêbado: É mais fácil achar um camelo num palheiro do que uma agulha entrar no céu. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Deu na Folha (21/1/15): “No cérebro, o calor leva à lentidão no processamento de informações, causando confusão e irritabilidade.” É por essa razão que, onde quer que vá, eu sinto no ar um forte cheiro do gás merdano, que indica que há muita gente cuja massa cinzenta está se evaporando.

2.   Justiça: “A única que funciona é a que a gente faz com as próprias mãos”, dizia Lampião. Quantos concordariam com ele hoje em dia?

3.   Vai entender!: Ela é economista e especialista em recursos minerais e hídricos. Não obstante, a economia está uma lerda e a energia uma josta.

4.   Solução à vista: Recomenda-se a toda pessoa que tome, no mínimo dois litros de água por dia. São Paulo tem mais ou menos 11 milhões de habitantes. Façam as contas. Eu não faço porque parei na tabuada do 7. De qualquer forma, é água pacaramba. Se o consumo individual de água efetivamente bebida for cortado, para, digamos, 75%, teremos, a essa altura, sobra de água. É claro, que, eventualmente, algumas pessoas vão morrer. É a sobrevivência dos mais fortes, cara. Darwin já dizia isso.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

TEMPOS DE ESCOLA

20. DE COMO EU CONHECI O PINA

Aos quinze anos eu entrei no clássico. Para quem não nasceu no século passado, é preciso esclarecer que naquela época, depois de terminar o ginásio (a 9ª série do ensino fundamental), a gente ia ou para o científico, para quem queria ser médico ou engenheiro, ou para o clássico, para quem queria ser advogado. Não havia praticamente outra opção além de médico, engenheiro ou advogado. Magistério, odontologia, agronomia ou arquitetura eram exceções.
O colégio para onde eu fui era novo. Eu tinha saído de uma escola que ‘parava no ginásio’ e precisei fazer um exame de seleção para poder estudar no Colégio Estadual Presidente Roosevelt.
As aulas começavam em março naquele tempo. No segundo ou terceiro dia de aula, entrou na sala o professor de latim: Segismundo Corrêa Pina, que hoje é nome de escola em Itaquera.
O Prof. Pina era um senhor de uns sessenta anos, careca e meio barrigudinho. Seus olhos azuis, mais frios que o inverno do Alasca, nos fitavam por detrás de óculos sem aro. Usava ternos escuros, sempre de gravata e sapatos de solado grosso que lhe aumentavam a altura em vários centímetros.
Tinha alergia a giz. Por isso, sempre pedia o auxílio de um ‘secretário’, que se encarregava de escrever na lousa o que ele eventualmente ditava. Ao contemplar uma frase qualquer escrita – por exemplo, Ad augusta per angusta, que significa mais ou menos ‘A lugares elevados por caminhos estreitos’ - seu amor pelo latim fazia-o dizer entusiasmado coisas do tipo “Sintam a seiva viva que percorre estas palavras!”
Era severíssimo. Uma simples silabada acarretava um zero, o que dividia a nota da sabatina por dois. Faz-se necessária aqui mais uma explicação. Uma não, duas:
- sabatina era o nome da prova mensal. Não havia outro tipo de avaliação, como trabalhos, participação em aula ou chamada oral. Era uma prova escrita por mês e só;.
- e a silabada nada mais era do que a pronúncia errada de uma determinada palavra. Por exemplo, se um aluno dissesse ‘popúlus’, como paroxítona, em vez de ‘pópulus’, proparoxítona, o Pina exclamava “Oh, jovem!”, pegava a caneta e marcava um zero para o infeliz. Ressalte-se que em latim não há acento, de modo que se, a palavra tem mais de duas sílabas, ou você sabe como pronunciá-la ou reza na hora de chutar. Um grande amigo meu, hoje professor de física, chutou errado e acabou perdendo o ano por isso.
Bem, nos primeiros dias de março de 1962 – sim, amiguinhos, eu sou velho paca – o homem entrou na classe. Depositou sobre a mesa sua enorme mala e ficou olhando para cada um de nós, sem falar nada, com um sorrisinho no rosto. Após quatro horas – assim me pareceu, embora na realidade aquele silêncio não tivesse passado de segundos – ele pediu um ‘secretário’. Apresentou-se a Lucy, que mais tarde eu vim a saber que era repetente.
- Camões, disse ele.
E sem mais nem menos ditou uma estrofe de um soneto do grande poeta lusitano:
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram.
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava o amor somente.

- Agora vamos dizer isso em latim.
E teve início uma saraivada de explicações sintáticas, entremeadas de acusativo aqui, dativo lá, ablativo acolá e o resultado, que eu sei de cor até hoje, ficou assim:
Errores mei, mala fortuna, amor ardens
In perditionem meam inter se coniuraverunt..
Errores et fortuna superaverunt,
Quia mihi amor solus erat.
Será que existe hoje em dia algum professor capaz de causar uma impressão tão profunda no aluno que, cinquenta anos depois, ele ainda se lembre da aula, da sua primeira aula?

Grande Pina! Inesquecível Pina!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Presença de espírito: Quando se viu num mato sem cachorro, o caçador não se apertou, pois estava acompanhado de seu angorá e quem não tem cão...

2.   Shakespeare:  
Marcelo: Há algo de podre no reino da Dinamarca.
Hamlet: Não só da Dinamarca, Marcelo. No reino da Venezuela, da Ucrânia, da Síria, da Argentina, do Brasil, especialmente do Brasil...

3.   Einstein: Deus não joga dados. Ele é mais chegado a uma sinuca.

4.   Galeria: Os Sertões (Euclides), Ulysses (Joyce), O Capital (Marx), Em Busca do Tempo Perdido (Proust) – livros que todo mundo conhece e que quase ninguém leu.



5.   Lição de alemão: Ohne quer dizer ‘sem’. Exemplo: Ohne corrupção, o Brasil há tempos já seria um país desenvoldido. O antônimo de ohne é mit.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

CONTA OUTRA, VÓ

1.    Era uma vez um macaco tão cuidadoso que entrou numa loja de cristais e não quebrou nada.

2.    Era uma vez um bode que usava desodorante e era tão cheiroso que ninguém reclamou quando o colocaram na sala.

3.    Era uma vez um cão que vivia ladrando e quem achava que ele não mordia logo percebia o engano.

4.    Era uma vez um pavão tão tímido que não arranjava namorada porque nunca exibia a cauda.


5.    Era uma vez um bando de andorinhas, maritacas, bem-te-vis, sanhaços, canários e sabiás, que, apesar dessa mistura, sempre voava junto.

domingo, 18 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   História: A divisão da História em períodos não passa de uma convenção puramente didática: do início da escrita à queda do Império Romano (Idade Antiga); deste até a queda de Constantinopla (Idade Média); daí até a Revolução Francesa (Idade Moderna); da queda da Bastilha até a bomba atômica (Idade Contemporânea). Daí em diante é a Idade do Salve-se Quem Puder.

2.   A hora é agora: Tá na hora de arregaçar as mangas e lavar as mãos. O almoço está na mesa.

3.   Ditado: Não ponha todos os seus ovos em uma cesta. Guarde alguns na geladeira.

4.   Desejo: Não é verdade que a gente deseja o que não tem. Eu, por exemplo, não tenho câncer.
PENSAMENTOS

1.   Diálogo apócrifo:      
Petrus: Quo vadis?
Jesus: Cannabis.

2.   Triângulo: Eu, o Maluf e o Cerveró temos algo em comum: nenhum de nós tem conta secreta em algum paraíso fiscal.

3.   Curiosidade: Sabe aqueles filmes de faroeste, em que quatro mil índios atacam o forte durante dias, até que chega a cavalaria com 230 soldados e acaba com aquela palhaçada? Pois é, um nunca vi um único cavalo fazendo cocô em Hollywood!


4.   Boris: A cada escândalo, cada descalabro, cada indecência, o pobre Boris Casoy reafima o seu característico bordão: “Isso é uma (pausa) vergonha!” Ele diz isso há décadas e não adianta nada. Os escândalos, os descalabros e as indecências proliferam. Issoéumavergonha (sem pausa).

sábado, 17 de janeiro de 2015

TEMPOS DE ESCOLA

16. DE COMO EU CONHECI O HOSPITAL DE BELÉM
Uma vez o Coral da Faculdade de Direito descolou uma viagem a Belém do Pará. Eram mais ou menos uns cem caras de pau, que, individualmente, não cantavam nem em chuveiro, com exceção de um rapaz, baixinho, inglês, de nome Fink. Esse era o único que realmente sabia cantar e era dono de uma voz possante. Uma vez, numa viagem a Jales, no interior de São Paulo, alguns camaradas entraram no quarto do Fink pela janela e deram nó nas camisas e calças do inglês. Quando ele entrou no quarto e viu o estrago, comentou muito britanicamente:
- Hoje à noite teremos Puccini.
E naquela noite o desgraçado não deixou ninguém dormir. O hotel era pequeno e passamos a noite em claro, gritando “Cala a boca, Fink!”, ao som de Nessun Dorma, que ele repetiu várias vezes, já que Nessun Dorma quer dizer exatamente isso, Que Ninguém Durma, além de O Mio Babbino Caro, In Questa Reggia e sei lá mais o quê.
No outro extremo da escala de qualidade vocal, estava o Adilson. Ele fazia parte da 3ª voz, os “tenores”, como eu. Ninguém queria cantar perto do Adilson. Ele desafinava feito o diabo e ainda por cima contaminava quem estava por perto. Quem se postava à esquerda ou à direita do Adilson sempre inclinava a cabeça para o lado, para ficar o mais longe possível daquela voz de taquara rachada.
E lá fomos nós para Belém pela Cruzeiro do Sul. O avião fez escala em Brasília. Por algum motivo o avião trepidou na aterrissagem, o sacolejo fez os compartimentos de bagagem se abrirem e vários “cantores” se feriram de leve. Uma caixa de ferramentas desabou no nariz do Mantovani, mas conseguimos chegar a Belém sãos e salvos. Foi a primeira vez que, do céu, eu vi as luzes de uma cidade à noite. A Baía de Guajará até hoje está gravada em minha memória.
Naquela mesma noite, jantamos no restaurante do hotel. E eu, confesso envergonhado, comi um prato típico da região, hoje considerado de extremo mau gosto e politicamente incorreto: casquinho de açuã. Se procurarem na internet não vão achar. É uma espécie de farofa de tartaruguinha, servida no próprio casco da infeliz. Não me condenem, por favor. Na época, não havia nem Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), nem o Projeto Tamar (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas).
No dia seguinte, pela manhã, passeamos pela cidade, visitamos o Mercado de Ver-o-Peso, comemos pato-no tucupi e chupamos sorvete de açaí, novidades das quais eu nunca tinha ouvido falar. Depois, fomos levados ao Clube Assembleia Paraense, frequentado pela elite da cidade. E foi aí que a coisa começou a desandar. Os pratinhos de castanha do Pará se espalhavam pelas salas e piscinas do clube. A gente comia as castanhas como quem come pipoca. E a cerveja também era de graça. Naquele calor, dá para imaginar o resultado...
Fomos então visitar o Museu Emílio Goeldi, dedicado ao estudo do meio ambiente da Amazônia. Aí eu comecei a passar mal. Pedi licença ao maestro para voltar para o hotel. Ao entrar no quarto, já estavam lá o Inserra e o Anselmi, que tinham iniciado a sessão de vômito e diarreia antes de mim. Para piorar, eu comi mamão, achando que ia fazer bem. Mamão, para quem não sabe, facilita a digestão e o que vem depois da digestão...
Durante umas duas ou três horas nós três nos revezamos no banheiro. Depois, não deu mais para aguentar. Fomos levados a um hospital, onde ficamos internados, com uma desidratação braba.
Perdemos o voo de volta. Precisamos aguardar mais um dia para pegar carona num inesquecível avião da Paraense. Chovia dentro, juro que chovia. O Inserra vomitou o tempo todo, mas finalmente chegamos a São Paulo, pálidos, barbudos, carregando cada um seu arco e flecha feito por índios lá da região.

A apresentação do Coral? Sabe que eu não me lembro?

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

 Saco cheio
Basta! Eu não aguento mais ser bombardeado

 todo santo dia com informações sobre saúde, o

 que faz bem, o que faz mal, o que não faz nada, 

o diabo! Todas as dicas – repito, todas as dicas – 
são discutíveis e variam segundo os interesses 

dos laboratórios. Água mineral dá câncer! Claro, 

se você injetar 5 litros de água mineral, mesmo 

sem gás, na veia de um camundongo, ele 

provavelmente desenvolverá um tumor ‘deste 

tamanho’, além de ficar uma fera. Beba bastante

 água. Dois litros por dia. Melhor quatro. Nada 

disso: beba quando tiver sede. Já há estudos 

dizendo isso.Café é ótimo para a
pressão. Não,café tem cafeína. Não é 

uma coincidência? Chá também tem. Chá verde 

é que é o tal. Não, chá preto tem umas coisas 

que o verde não tem. E vice-versa. Cenoura faz 

bem à vista. (Minha mãe morria de rir ao dizer 

isso e acrescentar “e a prazo”.) Beterraba é um 

veneno para os diabéticos. Não vamos exagerar,

um pouquinho pode. Todas as verduras fazem 

bem, principalmente as escuras, que, por sua 

vez, tem vitamina K, a qual pode comprometer 

alguma coisa aqui dentro da gente. Sem falar 

que elas estão impregnadas de agrotóxicos. 

E as outras? Custam caro. Mas vale a pena. 
Será que vale? Vale ou não vale? 
Quer saber? Vão todos para...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Questão de prioridade: “Educação, segurança, saúde, transporte: essas são as nossas prioridades”, disse o Ministro. “Além das Olimpíadas, é claro, que são mais prioritárias ainda.”


2.   Interesse público: O povo brasileiro acompanha com enorme curiosidade a reunião que Michel Temer convocou para discutir uma forma de apoiar Eduardo Cunha e, ao mesmo tempo, dar uma canelada em Gilberto Kassab e Cid Gomes, que talvez estejam trabalhando para Arlindo Chinaglia. Santo Deus, o que será que vai acontecer??

3.   Internet: Recortar é viver.
PENSAMENTOS

1.   Slogans: Sai o “Rouba mas faz” e entra o “Não faz mas não rouba”.


2.   Mistério: Por onde anda o Prefeito de São Paulo? A última vez que ele foi visto, semanas atrás, estava pedalando em alguma ciclovia da cidade. São Paulo está aparentemente acéfala.Correm rumores de que uma árvore caiu na cabeça dele, cobrindo-o com seus galhos podres. Outros afirmam tê-lo visto sendo carregado pela correnteza de um desses córregos fétidos que existem na capital. Quanto ao avião da AirAsia que caiu há duas semanas no mar de Java com 162 pessoas a bordo, as autoridades locais, felizmente, descartaram a hipótese absurda de que ele pudesse ser um dos passageiros.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Numa sala de aula na França, a professora faz a chamada:
- Adèle Charlie.
- Présente.
- Bernard Charlie.
- Présent.
- Claude Charlie.
- Présent
- Dennis Charlie.
- Présent.
- Emmanuelle Charlie.
- Présente.
- François Charlie.
- Présent.
- Gérard Charlie.
- Présent.
- Horace Charlie.
- Présent.
- Isabelle Charlie.
- Présente.
- Jean-Pierre Charlie.
- Présent.
- Louise-Marie Charlie.
- Présente.
- Marianne Charlie.
- Présente.
- Nicole Charlie.
- Présent.
- Olivier Charlie.
- Présent.
- Philipe Charlie.
- Présent
- Robert Charlie.
- Présent.
- Simone Charlie.
- Présente.
- Therèse Charlie.
- Présente.
- Vivianne Charlie.

- Présente.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS


1.   Vive la France1:
- Je suis Charlie!
- Moi aussi! Quelle coïncidence!

2. Vive la France2:
- Je suis Charlie!
- Charlie quoi?
- Charlie de la liberté et de la democracie.

- Enchanté.

domingo, 11 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Slogan: Deve haver gente  aqui no Brasil que acha que Je suis Charlie quer dizer ‘Jesus Carlos’.


2.   Plano: A Prefeitura de São Paulo espera que todas as árvores da cidade caiam, o que vai sem dúvida diminuir a incidência de raios durante os temporais. Com os troncos serrados e armazenados, espera-se construir no Ibirapuera uma enorme fogueira de São João, no mesmo local onde todos os anos se ergue a majestosa árvore de Natal.
NOTA DE ESCLARECIMENTO


Repudio com veemência e indignação as

 malévolas insinuações de que a presente

campanha de divulgação do livro Fábulas

Fantásticas, de Ambrose Bierce, com tradução de Israel Jelin, tenha qualquer relação com a Petrobras. Juro pelo que há de mais sagrado que não conheço pessoalmente nenhum dos seus diretores. Confirmo e reafirmo a lisura da publicação, na certeza de que a savaiva.com.br e a editora@dubolsodigital.com.br, onde o livro pode ser adquirido por 14,90, não tem nada a ver com a operação Lava a Jato.

sábado, 10 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Diálogo:
- O que determinou sua decisão de fazer regime?

- Um espelho grande.

2.   Calma: Neste mundo tão conturbado, nada melhor do que ler as Fábulas Fantásticas, de Ambrose Bierce, traduzidas por Israel Jelin.

3.   Dúvida: Como confundir alhos com bugalhos, se ninguém sabe o que é um bugalho?
ATENÇÃO!




É SÓ ATÉ SÁBADO (não este, o próximo): 


Para adquirir as Fábulas Fantásticas, de Ambrose Bierce, 


com tradução deste escriba, acesse saraiva.com.br.

Apenas 14,90 no cartão, podendo dividir em uma vez.



Abraços,
Jelin