sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

PENSAMENTOS

1.   Silêncio: Enquanto a Presidente discursava, o único som que se ouvia ao fundo era um tossido abafado e contido. Era a vaca.
2.    Plano quadrienal: A cada quatro anos, os novos governantes, reeleitos ou não, prometem consertar as besteiras perpetradas pela administração anterior. Ou seja, em política, a herança é sempre maldita.
3.    Discurso (sucinto) de posse: “Prometo mundos e fundos até o fim do meu mandato. Se não der certo, paciência. Muito obrigado.”

VARIAÇÕES EM TORNO DE UMA PALAVRA

1.   O adjetivo mais vilipendiado da língua portuguesa é ‘excelentíssimo’.
2.   Excelentíssimo é um curioso caso de palavra que designa exatamente o seu antônimo.
3.   Se alguém diz que um certo vinho é excelente, não há por que duvidar de tal opinião. Mas se disser que o vinho é excelentíssimo, as pessoas educadamente recusarão a taça que lhes é oferecida.

4.   Entre ser chamado de excelentíssimo Jelin e Jelin de merda, prefiro o segundo.

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