segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A dengue ataca a Fuvest

Vou traduzir o primeiro dos dois textos e em seguida passarei a comentar as alternativas erradas. Não vale a pena comentar as corretas, uma vez que, via de regra, a alternativa certa não passa de uma tradução mais ou menos literal de algum trecho do texto. Amanhã farei o mesmo com o segundo texto.

About half of the world’s population is at risk of contracting dengue, according to the World Health Organization. The mosquito is found in tropical and subtropical climates around the world; however, dengue does not naturally occur in these creatures: the mosquitoes get dengue from us. The mechanism of dengue infection is simple. Female mosquitoes bite humans because they need the protein found in our blood to produce eggs. (Male mosquitoes do not bite.) If the mosquito bites someone with dengue – and then, after the virus’s roughly eight to 12day replication period, bites someone else – it passes dengue into its next victim’s bloodstream. There is no vaccine against dengue, but infecting mosquitoes with a natural bacterium called Wolbachia blocks the insects’ ability to pass the disease to humans. The microbe spreads among both male and female mosquitoes: infected females lay eggs that harbor the bacterium, and when Wolbachiafree females mate with infected males, their eggs simply do not hatch. Researchers are now releasing Wolbachia infected females into the wild in Australia, Vietnam, Indonesia and Brazil. (Scientific American, June 2015. Adaptado.)

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de metade da população mundial corre o risco de contrair dengue. O mosquito é encontrado em climas tropicais e subtropicais. No entanto, a dengue não está presente naturalmente nessas criaturas: eles ‘pegam’ a doença de nós.
O mecanismo de infecção da dengue é simples. As fêmeas picam os seres humanos porque necessitam da proteína encontrada em nosso sangue para produzir seus ovos. (Os machos não picam.) Se o mosquito pica alguém com dengue – e, depois de um período de incubação que varia de oito a doze dias - ele pica alguém mais, a doença se instala na corrente sanguínea da vítima seguinte.
Não existe ainda uma vacina contra a dengue, mas alguns mosquitos transmissores possuem uma bactéria natural chamada Wolbachia, que bloqueia a capacidade dos insetos de transmitir a doença aos seres humanos. O micróbio se dissemina tanto nos machos como nas fêmeas. As fêmeas infectadas põem ovos que abrigam a bactéria, e quando as fêmeas que não têm a Wolbachia se acasalam com machos infectados, os ovos simplesmente não eclodem.
Os pesquisadores agora estão espalhando fêmeas infectadas com a Wolbachia nas matas da Austrália, Vietnam, Indonésia e Brasil.
86 De acordo com o texto, a infecção por dengue
a) propaga-se quando mosquitos fêmeas picam seres humanos infectados e retransmitem a doença a outras pessoas. (SIM)
b) é provocada por mosquitos infectados depois do acasalamento. (NÃO: A fêmea precisa do acasalamento para ‘engravidar’, mas não para se infectar.)
c) desenvolve- se por meio das fêmeas, que transmitem o vírus para os machos, num círculo vicioso que se repete periodicamente. (NÃO: mesmo os machos infectados não transmitem a doença aos seres humanos porque eles não picam.)
d) desenvolve-se no corpo humano após doze dias da picada, período de incubação do vírus. (NÃO: o texto não menciona em quanto tempo os sintomas aparecem.)
e) altera a proteína presente no sangue humano que é procurada pelos mosquitos fêmeas. (NÃO: não há nenhuma referência a alguma proteína presente no sangue humano.)
87 Segundo o texto, a bactéria Wolbachia, se inoculada nos mosquitos, bloqueia a transmissão da dengue porque
a)     torna os machos estéreis. (NÃO: os machos conseguem ‘engravidar’ as fêmeas, mas os ovos não eclodem.
b)     interfere no período de acasalamento dos mosquitos. (NÃO: o período de acasalamento, com ou sem a presença da Wolbachia, não sofre nenhuma alteração.)
c) impede a multiplicação do vírus nas fêmeas. (NÃO: a bactéria não deixa o vírus transmitir a doença.)
d) impede a eclosão dos ovos que contêm o vírus.

e) diminui a quantidade de ovos depositados pelas fêmeas. (NÃO: a quantidade de ovos não diminui; o que acontece é que esses ovos não amadurecem.)

domingo, 29 de novembro de 2015

Fuvest

Hoje, 29/11, começa o vestibular da Fuvest. Mais de 140 mil candidatos disputando menos de 10 mil vagas na USP, além de 120 na medicina da Santa Casa. A julgar pelo nervosismo,  ansiedade e medo estampados no rosto de cada um dos candidatos, dir-se-ia (eta língua portuguesa!) que eles estão diante de um tribunal da Santa Inquisição: Se não forem aprovados, vão direto para a fogueira, fazer companhia a Joana D’Arc, Giordano Bruno e tantos outros cujos nomes não encontrei na internet. Galilei Galileu não vale, porque ele afinou e não se atreveu a bater de frente contra o Tribunal do Santo Ofício. No que fez muito bem. Mais vale uma mentira na mão do que duas verdades queimadas em praça pública.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiS-v_EoW3870DFgYPrmbKtKCkff3YAOaj1A_piu70IG9XF3kvPPfXuK9uRzbF3vre11ZTnqe9pwcGWGyZVodfKj6Yx-bWvhe78ghCc6LT-FwCsreivncrS6QwuKhSSAV3cC3bfi8JMzzae/s320/sabta+inquisi%C3%A7%C3%A3o+a+d+f%C3%A9.jpg
Pois eu lhes digo, meus queridos jovens, do alto das minhas quase sete décadas de vida, que vós estais enganados. O vestibular não é a coisa mais importante de vossas vidas. Sois inexperientes e não vivestes mais do que um quarto dos anos que vos restam. Posso vos afiançar que a faculdade de vossos sonhos decepcionar-vos-á, pois que em geral são fracas, deficientes e estão defasadas em relação aos     avanços tecnológicos dos novos tempos. Olhai à vossa volta. Praticamente nenhum técnico, nenhum engenheiro, nenhum especialista em medicina, direito ou em qualquer outro ramo do conhecimento humano, sabe do que está falando em suas entrevistas, depoimentos e mesas redondas. São, não obstante os muitos diplomas que ostentam orgulhosos nas paredes de seus escritórios e consultórios, uns néscios. Não fosse assim, as barragens não se romperiam, as epidemias não se alastrariam, os terroristas não atacariam, o crime não compensaria, a pobreza extrema não existiria e o papel higiênico seria picotado no lugar certo.
Portanto, dai à Fuvest o valor que ela merece. É um exame, não é um divisor de águas. Quando eu fiz vestibular, lembro-me de dizer ao amigo de infância, infelizmente já falecido: ‘No ano que vem, se eu passar, minha vida vai mudar. Novos amigos, novas “minas”, novos engajamentos políticos, novo tudo!’ E foi verdade por um tempo. Depois, o novo envelhece. É o destino inescapável das novidades.
Assim sendo, crianças, se perguntardes, como fez Hemingway, tomando emprestado um trecho de John Donne, por quem dobram os sinos, eu vos respondo: não dobram por vós, dobram à toa, pois os sinos só existem para dobrar.
Sois vós yourselves que tendes de dobrar os sinos, pois os sinos são vossos. Ninguém os dobrará por vós.
Se fordes honestos convosco mesmos, se amardes nossa pobre e estupidamente feliz nação, alcançareis o êxito que tão  aterrorizadamente procurais no exame de hoje.
Desejo-vos boa sorte.
Fuvest

http://i1.r7.com/data/files/2C95/948E/3B2D/5091/013B/2DE2/EDD9/7F7B/Fuvest%20img.jpg

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Para evitar ser vítima de bullying



gordo, magro, alto, baixo, ruivo, negro, bonito, feio, gago ou gay; não tenha cabelo curto, longo ou encaracolado; não sofra de vitiligo, estrias ou espinhas; não seja geek ou nerd, ainda que você não saiba a diferença entre eles. Em uma palavra, seja igual a todo mundo, seja o mais ordinary possível, if you know what I mean.
Assim sendo, vou voltar a falar de bullying, mas de um outro ângulo: o bullying no mundo literário brasileiro, ou seja, que escritores ou personagens por eles criados foram vítimas desta covarde e tão disseminada prática.
Em primeiro lugar, os escritores.
Lygia Fagundes Telles, da Academia Brasileira de Letras, autora de Antes do baile verde, O jardim selvagem, As meninas, entre outros, foi criticada nos anos 40 por ser mulher, estudante de direito na São Francisco e escritora. Uma audácia, na época.

Carlos Heitor Cony tinha ‘língua presa’, ou anquiloglossia, para os íntimos. Os colegas pegavam no pé dele, pois havia palavras que ele simplesmente não conseguia pronunciar direito. Fogão, por exemplo, virava fodão. Os professores achavam que era de propósito.

Rubem Alves, teólogo e psicanalista, falecido no ano passado, foi alvo de muita gozação quando se mudou para o Rio de Janeiro. Nascido nos cafundós de Minas Gerais, tinha um sotaque caipira muito pronunciado. Por causa disso, vivia calado e isolado, não fazendo amizade com ninguém. Numa entrevista, ele explicou o bullying da seguinte maneira:  Nos galinheiros, todos estão numa boa… Mas se você traz um frango novo e põe no galinheiro ele se torna objeto da bicada dos outros até que se cansem. Aí, ele é assimilado ao grupo e deixa de ser diferente. Quando vier o próximo, todos vão bicar, inclusive aquele que foi bicado um dia. Não há sociologia que explique isso… (http://www.papodemae.com.br/2014/07/21/entrevista-com-rubem-alves/)


Agora os personagens:
“Uma noite dessas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimen - tou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. [...] No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou.” (Dom Casmurro, de Machado de Assis)

“Várias vezes nessa tarde fui assaltado pela chacota impertinente do Barbalho. O endemoninhado caolho puxava-me a roupa, esbarrava-me encontrões e fugia com grandes risadas falsas, ou puxava-me de súbito em frente, e revestindo-se de quanta seriedade lhe era suscetível o açafrão da cara, perguntava: ‘Mudou as calças?’ Um inferno. (O Ateneu, de Raul Pompéia)  

Gritavam em cadência uniforme, batendo palmas. Eugênio sentiu os olhos encherem-se-lhe de lágrimas. Balbuciava palavras de fraco protesto, que se sumiam, devoradas pelo grande alarido.
Calça  furada-dá!
No fio-fó-fó-fó!
Óia as calças dele, vovó!”
Calça furada-dá!
(Olhai os lírios do campo, de Érico Veríssimo)

 “Quando em criança entrou para a escola pública da freguesia, começaram logo os colegas, que o viam ir e vir com a mãe, a chamá-lo – o filho da caolha. Aquilo exasperava-o; respondia sempre. Os outros riam-se e chacoteavam-no; ele queixava-se aos mestres, os mestres ralhavam com os discípulos, chegavam mesmo a castigá-los – mas a alcunha pegou, já não era só na escola que o chamavam assim.” (A Caolha, de Júlia Lopes de Almeida)






Ignorância nua e crua

Permitam-me reproduzir um parágrafo que escrevei dias atrás:
Agora, babaquice de verdade não é dizer Francis Ford Coppola, pronunciando Coppola como uma proparoxítona, com acento no “có”. A grande babaquice é não saber nada (ou muito pouco) de inglês e sair por aí dizendo que teve um “insaite” e resolveu ir a um “outiléti” e comprar tudo com 20% “óffi”.”
Tomo esta liberdade para convidá-los a ler o excelente artigo de Pasquale Cipro Neto (‘Nudes’ e nudez), publicado na Folha de São Paulo de hoje, 26 de novembro de 2015. Deste brilhante texto, destaco alguns parágrafos, que, como se pode ver, constituem um ‘plus a mais’ em termos de estrangeirismos ridículos:

“Pois bem. Com um certo atraso (creio), dei-me conta da circulação do termo "nudes", que vi em sites em títulos como "Veja nudes de fulano/a". Ingenuozinho, imaginei que se tratasse de erro de grafia, ou seja, da troca de um "z" (de "nudez") por um "s". Nada disso. Trata-se mesmo do plural do termo inglês "nude", que corresponde aos termos portugueses "nu" (quando substantivo, caso em que funciona como redução de "nu artístico", como em "O nu de fulano/a") ou "nudez" ("A nudez de fulano/a").
Alguém perguntará se então não seria o caso de usar logo um dos termos portugueses. Será? Essa é uma questão delicadíssima do emprego de estrangeirismos. Pelo que apurei, o tal do "nude" nada tem que ver com o nu artístico. Trata-se apenas de mais uma faceta de uma das mais graves doenças modernas, a da autoexibição, da busca incessante pelos 15 segundos de fama.
O que quero dizer é que "nude" ganhou um sentido específico, particular, preso ao fato que originou a sua circulação nacional e internacional. Nesses casos, remar contra a maré é inútil. Corre-se o risco de promover a ressurreição de Policarpo Quaresma, impagável personagem do genial Lima Barreto.
Uma coisa é o estrangeirismo bocó, boboca, representado, por exemplo, pelo emprego diante de público não específico de tolices como "share", "delay", "target" etc. Outra coisa é o emprego de estrangeirismos mais do que consagrados, conhecidos por boa parcela do público a que se destina a mensagem.
Que publicitários usem em suas reuniões fechadas termos como "share" ("participação no mercado") ou "target" ("alvo") é problema deles, não tenho nada com isso, mas numa mensagem dirigida a público não específico esses termos são absolutamente inadequados.

Dia desses, alguém me disse que participou de uma reunião de negócios em que se usou à exaustão a expressão "to do", com o sentido de coisa que se deve fazer, tarefa da qual se deve dar cabo. A cereja do bolo veio quando alguém disse que tinha "muito 'to do' pra fazer"... Elaiá! E viva o frango chicken!”

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Bullying - hoje e no tempo de Shakespeare

Todo mundo sabe o que é bullying: um tipo de atitude muito comum em escolas, que inclui ameças, fofocas, apelidos, provocações, podendo chegar a espancamentos e outras formas de constrangimento físico. O constrangimento maior, no entanto, se dá quando o bully, isto é, o cafajeste que ofende, ameaça ou humilha alguém mais fraco do que ele se utiliza da internet para divulgar mensagens de texto, emails, vídeos ou perfis falsos.
Algumas décadas atrás, os alunos que se formavam no Porto Seguro davam uma festa de despedida no Gallery, uma boate muito famosa nos anos 80 em São Paulo. Todos os professores eram convidados, mas eu, por timidez, por não saber dançar e por não ter smoking (ou por tudo isso junto), nunca ia. Até que um dia eu resolvi ir. Mas no último dia de aula para os ‘formandos’, uma semana antes da festa, eu presenciei uma cena que me fez mudar de ideia. Uns grandalhões do 3º colegial agarraram um garoto do 1º ano e o jogaram por sobre uma mureta. Uma queda de, no máximo dois metros. O menino não se machucou, porque aterrissou sobre um gramado, mas, assustado, todo marcado de vermelho nos braços, foi se queixar na Diretoria. Mais tarde eu entrei para dar aula na classe do garoto. Ele ainda aparentava estar mais ou menos em estado de choque. Aí eu pensei: não vou ter estômago para abraçar e cumprimentar aqueles rapazes na festa. E não fui. Nem naquele ano, nem nunca.
Pois é. E o que Shakespeare tem a ver com isso? Bem, a obra do Bardo está recheada de bullies: Graciano, tirando sarro de Shylock em O Mercador de Veneza, Demetrius e Chiron, dois irmãos ‘pra lá de mau-caráter’, que estupram e espancam Lavínia no meio do mato em Titus Andronicus, as gananciosas irmãs Goneril e Regan, que não se cansam de humilhar seu velho pai, o Rei Lear, o Príncipe Hal, filho de Henrique IV, que faz de palhaço um pobre empregado de um pub, só porque ele é um nobre e o serviçal é um pé-rapado. e, last but not least, Petrúquio, em A Megera Domada, que se dispõe a ‘domesticar’ Catarina, atormentando-a com as mais estapafúrdias ordens.
De Macbeth eu já tratei: o bullying se dá em dois níveis, ou seja, num plano mais explícito as bruxas, que ardilosamente ludibriam Macbeth, e num plano menos óbvio, sua esposa, que o manipula a seu bel prazer.
Como já falei de Macbeth alguns blogs atrás, agora é a vez de A Tempestade, que também este há pouco em cartaz em São Paulo. Próspero, Duque de Milão, é injustamente banido para uma ilha remota, em companhia de sua filha Miranda. Ao longo de toda a peça, Próspero usa seus conhecimentos de mágica para atormentar seus servos, manipular seus inimigos e arquitetar o casamento de sua filha com o Príncipe de Nápoles.

Como se pode ver, o bullying já era praticado há mais de quatro séculos. E, curiosamente, até hoje, não há um termo equivalente  na nossa língua para essa palavra tão antiga. Então, vai de bullying, mesmo. 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Aqui está a transcrição fonética das palavras que eu listei alguns blogs atrás. Demorou mas eu consegui.
Baton Rouge                             /bətˈɔ:n  ru:ʒ/
Beaconsfield                             /bˈi:kənzfi:ld/
Benjamin Disraeli                      /ˈbenʤəmɪn ˈdɪzˌreɪlɪ/
Beyoncé                                    /bi:ˈɔ:nseɪ/
Birmingham                               /bˈɜ:rmɪŋhəm/
Boca Raton                               /ˈbəʊkə rəˈtɔ:n/
Bournemouth                              /ˈbɔ:rnməθ/
Buckingham Palace                 /ˈbʌkɪŋhəm ˈpælɪs/
Cajun cuisine                             /ˈkeɪʤən kwɪˈzi:n/
Caleb                                         /ˈkæləb/
Cambridge                                 /ˈkeɪmbri:ʤ/
Charles Laughton                     /ʧɑ:rlz ˈlɔ:tən/
Cheyenne                                  /ʃaɪˈæn/
Chloe                                         /ˈkləʊi:/
cranberry                                   /ˈkræmbrɪ/
Debora Kerr                              /ˈdebrə kɜ:r/
Elia Kazan                                 /ˈeljə kəˈzæn/
Elijah                                          /əˈlaɪʤə/
Emily Brontë                              /ˈeməlɪ brɔ:nˈteɪ/
Ethan                                         /ˈi:θən/
 Evan                                          /ˈevən/
Ewan                                          /ˈju:ən/
Fort Lauderdale                        /fɔ:rt ˈlɔ:dərdeɪl/                   
Francis Ford Coppola              /ˈfrænsɪz fɔ:rd ˈkɔ:pələ/
Geoffrey Chaucer                     /ˈʤefrɪ ˈtʃɔ:sər/
Gloucester                                 /ˈglɔ:stər/
Greenwich Village                    /ˈgrenɪtʃ ˈvɪlɪʤ/
Gwyneth Paltrow                      /ˈgwɪnɪθ ˈpɑ:ltrəʊ/
Halle Berry                                 /ˈhælɪ ˈberɪ/
Harold Pinter                             /ˈhærəʊld ˈpɪntər/
Hugh                                          /hju:/
Ian                                              /jɑ:n/
Illinois                                         /ˈɪlɪnɔɪ/
Iowa                                           /ˈaɪjəʊə/                                         
Ipswich                                       /ˈɪpswɪʧ/
Isaac Asimov                            /ˈaɪzək ˈæsɪmɔ:v/
Isis (woman’s name)                /ˈi:sɪs/
Isis (Islamic State of
Iraq and al-Sham)                     /ˈaɪsɪz/
Jared                                          /ˈʤærəd/
J. D. Salinger                             /ʤeɪ di: ˈsælɪnʤər/                       
Jacob                                         /ˈʤeɪkɔ:b/
Jeremy Irons                             /ˈʤerəmɪ  ˈaɪənz/
Jerry Lewis                                /ˈʤerɪ  ˈlu:ɪs/
Kenneth Branagh                     /ˈkenəθ  ˈbrænə/
Kylie Minogue                                     /ˈkaɪlɪ  mɪˈnəʊg/
Lancashire                                /ˈlæŋkəʃər/, /læŋkəʃi:r/
Leicester Square                      /ˈlestər  skeər/
Leonard                                               /ˈlenərd/
Lewis Carroll                             /ˈlu:ɪs  ˈkærəl/
Liam                                           /ˈli:əm/
Lisa Kudrow                              /ˈli:sə  ˈkʊdrəʊ/
Liza Minnelli                               /ˈlaɪzə  mɪˈnelɪ/
Madame Tussaud’s                           /məˈdɑ:m  tʊˈsɔ:dz/             
Mariah Carey                            /məˈri:ə  ˈkærɪ/
Marylin Monroe                         /ˈmærɪlɪn  mənˈrəʊ/
Manchester                               /ˌmænˈʧestər/
Matthew                                     /ˈmæθju:/
Mia Farrow                                /ˈmi:ə  ˈfærəʊ/
Middlesbrough                          /ˈmɪdəlzbrə/, /ˈmɪdəlzbrəʊ/
Miley Cyrus                               /ˈmaɪlɪ  ˈsaɪrəs/
Missouri                                               /mɪˈzu:rɪ/
Muhammad                               /məˈɑ:məd/                           
Nathan                                       /ˈneɪθən/
Nathaniel Hawthorne               /neɪˈθænjəl  ˈhɔ:θɔ:rn/
New Jersey                               /nju:  ˈʤɜ:rzɪ/
New Orleans                             /nju:  ˈɔ:rli:nz/, /nju:  ɔ:rˈli:nz/
Newcastle                                  /nju:  ˈkæsəl/
Niagara Falls                             /naɪˈægərə  fɔ:lz/
Pasadena                                  /ˌpæsəˈdi:nə/
Pecan pie                                  /pɪˈkæn  paɪ/
Phoenix                                               /ˈfi:nɪks/
pint of beer                                /paɪnt  əv  bi:ər/
Ploughman’s lunch                            /ˌpləʊmənz ˈlʌnʧ/
Ridley Scott                               /ˈri:dlɪ  skɔ:t/
Rhys                                           /ri:s/
Ronald Reagan                        /ˈrɔ:nəld  ˈregən/
Salisbury                                    /ˈsɔ:lzbrɪ/
Sean                                          /ʃɔ:n/
Sioux                                          /su:/
Somerset Maugham                 /ˈsɔ:mərset  ˈmɔ:əm/
Staten Island                             /ˌstætən  ˈaɪlənd/
Stonehenge                              /ˌstəʊnˈhenʤ/
Stratford-on-Avon                     /ˌstætfərdənˈeɪvən/
T-bone steak                             /ˌti:bəʊnˈsteɪk/
Toby                                           /ˈtəʊbɪ/
Tottenham                                 /ˈtɔ:tənəm/
Trafalgar Square                      /trəˈfɑ:lgər  skwær/
Valentine’s Day                         /ˌvælənˈtaɪnz  deɪ/
Vermont                                     /vɜ:rmˈɔ:nt/
Walter Raleigh                          /ˈwɔ:ltər  ˈrælɪ/
Warwick                                     /ˈwɔ:rɪk/                       
Wikipedia                                   /ˌwi:kɪˈpi:dɪə/
William Wordsworth                  /ˈwɪlɪəm  ˈwɜ:rdzwɜ:rθ/
Windermere                               /ˌwɪndərˈmi:ər/
Windsor                                               /ˈwɪndzər/
Winona Ryder                           /wɪˈnəʊnə  ˈraɪdər/
Yorkshire pudding                    /ˈjɔ:rkʃər  ˌpʊdɪŋ/


Baton Rouge /bətˈɔ:n ru:ʒ/

domingo, 22 de novembro de 2015

Cavalo ou cávalo, that is the question (cont.)

 Só para completar o blog de ontem: já ouvi pessoas dizendo que pronunciar uma palavra estrangeira tal como é falada em seu país de origem é uma demonstração de esnobismo. Discordo. Muitas palavras estrangeiras se popularizaram ao longo do tempo a tal ponto que adquiriram uma pronúncia abrasileirada e até já foram incorporadas ao nosso léxico. E nesses casos, sim, seria ridículo entrar num bar e pedir um Hollywood (nem sei se ainda existe esta marca de cigarro), pronunciando a palavra do jeito que um californiano o faria. Ou um hamburger, com acento tônico no “ham”. Aí, não tem jeito: tem que pedir um “oliúdi” mesmo. Ou um ‘ambúrguer’ e uma ‘esprite’.

Agora, babaquice de verdade não é dizer Francis Ford Coppola, pronunciando Coppola como uma proparoxítona, com acento no “có”. A grande babaquice é não saber nada (ou muito pouco) de inglês e sair por aí dizendo que teve um “insaite” e resolveu ir a um “outiléti” e comprar tudo com 20% “óffi”.
Em tempo, se algum leitor quiser acrescentar à lista do blog anterior outras palavras inglesas mal pronunciadas aqui no Brasil, será muito welcome.

sábado, 21 de novembro de 2015

Cavalo ou cávalo, that is the question

Você sabe onde nasceu Bill Clinton? Se respondeu Arkansas, acertou. Mas se pronunciou Arkansas de um jeito que rima com ‘balanças’, lamento informar que não é assim, porque Arkansas rima mesmo é com, por exemplo, bisavó ou esquimó.
j0189583[1].jpg (418×328)
bandeira do Estado (https://en.wikipedia.org/wiki/Arkansas)
E Marylin Monroe? Esse sobrenome é oxítono ou paroxítono? A maioria das pessoas diz algo que ‘bate’ mais ou menos com ‘montou’ ou ‘pulou’. Na verdade, porém, a sílaba tônica de Monroe é row, o que faz com que Monroe rime com although ou below.
Marylin Monroe, a ‘deusa platinada’ (https://www.google.com.br/search?q=marilyn+monroe+wiki&biw=1920&bih=955&site=webhp&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjh4dv5hKHJAhWDNpAKHXweCrgQ_AUIBigB#imgrc=vYvHGfGtVanflM%3A)
Volta e meia estas palavras aparecem nos noticiários de rádio e televisão com a pronúncia errada, o que contribui para difundir o erro. Nunca ouvi um comentarista de cinema referir-se ao diretor da trilogia ‘O Poderoso Chefão’ como Francis Ford ‘Cóppola’. Eles sempre dizem ‘Coppóla’. Repórteres e âncoras de telejornais não ficam muito atrás.
Por isso, eu fiz uma lista de mais de 100 palavras inglesas muito populares no Brasil, abrangendo nomes de pessoas famosas, lugares badalados, atrações turísticas, comidas típicas etc. Infelizmente, contudo, não consegui transportar do Windows para o blog a transcrição fonética dessas palavras. Só como exemplo, vejam como fica a lista:
Albert Einstein                      {lb3:rt aInstain
Alfred Hitchcock                   {lfrId hItSkOk
Arkansas                               A:rk@nsO:
Attleborough                         {t@lb3:roU
Uma droga, não? Nesta transcrição, estou usando os símbolos fonéticos do IPA (International Phonetic Alphabet). Há vários sites sobre o IPA na internet. Cito alguns:
http://www.internationalphoneticalphabet.org/ipa-sounds/ipa-chart-with-sounds/
A fonte que eu usei é a Ipa-sams Uclpl, mas por alguma misteriosa razão, não dá certo. Não sei como resolver este problema. Se algum dos meus raros leitores souber, por favor me conte. Vou ficar muito agradecido. Eis a tabela do IPA:
http://www.esl-lounge.com/student/graphics/phonetic-alphabet.gif
Tenho consciência de que não muitos professores estão familiarizados com os símbolos fonéticos, que aparecem na maioria dos bons dicionários, como (desculpe o comercial) o meu, por exemplo. E isso é uma pena, porque eles são de extrema utilidade.
Além da fonética, existe também um outro recurso para aprender a pronúncia correta das palavras em inglês: basta clicar how to pronounce + a palavra desejada. A voz de um(a) native speaker pronuncia a palavra pausadamente e com muita clareza. O site é https://www.google.com.br/webhp?tab=mw&ei=hAJQVv-oNMPwaJrTnvAD&ved=0EKkuCAQoAQ#q=how+to+pronounce
Bem, eis a lista:
 Baton Rouge
Benjamin Disraeli
Beyoncé
Birmingham
Boca Raton
Bournemouth
Brighton
Buckingham
Cajun cuisine
Caleb
Cambridge
Charles Laughton
Chloe
cranberry
Debora Kerr
Elia Kazan
Elijah
Emily Brontë
Ethan
 Evan
Ewan
Fort Lauderdale
Francis Ford Coppola
Geoffrey Chaucer
Gloucester
Greenwich Village
Gwyneth Paltrow
Halle Berry
Harold Pinter
Hugh
Ian
Iowa
Ipswich
Isaac Asimov
Isis
Jared
J. D. Salinger
Jacob
Jeremy Irons
Jerry Lewis
Kenneth Branagh
Kylie Minogue
Lancashire
Leicester Square
Leonard
Lewis Carroll
Liam
Lisa Kudrow
Liza Minnelli
Madame Tussaud’s
Mariah Carey
Marylin Monroe
Manchester
Matthew
Mia Farrow
Middlesbrough
Miley Cyrus
Missouri
Muhammad
Nathan
Nathaniel Hawthorne
New Jersey
New Orleans
Newcastle
Niagara Falls
Pasadena
Pecan pie
pint of beer
Ploughman’s lunch
Ridley Scott
Rhys
Ronald Reagan
Salisbury
Sean
Sioux
Somerset Maugham
Staten Island
Steven
Stonehenge
Stratford-on-Avon
T-bone steak
Toby
Tottenham
Trafalgar Square
Valentine’s Day
Vermont
Walter Raleigh
Warwick
Wikipedia
William Wordsworth
Windermere
Windsor
Winona Ryder

Yorkshire pudding