Black Friday, ou Sexta-feira Azul, em tradução livre

Infelizmente para os franceses, a Sexta-feira negra – nigérrima, eu diria - aconteceu em 13 de novembro, com o horror dos atentados, que mataram e feriram tanta gente. Porém, nos Estados Unidos, e, por tabela, no Brasil, a Black Friday cairá no dia 27 deste mês.

Black Friday é o nome que se dá à sexta-feira seguinte ao Dia de Ação de Graças, que os americanos sempre celebram na quarta quinta-feira de novembro. E por que chamar esse dia de negro, cor que, via de regra, evoca luto, tristeza, consternação?

São duas as explicações:

a)   o Dia de Ação de Graças é um feriado tão importante quanto o Natal, talvez até mais. Nesse dia, as famílias, por mais distantes que seus membros se encontrem, viajam para reunir-se, agradecer por tudo de bom que lhes aconteceu no ano e empanturrar-se com peru, purê de batatas, molho de cramberry, torta de abóbora e salada, fora o resto.

Uma mesa típica do Thanksgiving Day

Na Filadélfia, de onde a expressão se originou, o dia seguinte ao feriado de Ação de Graças, era um dia infernal, em que o trânsito se tornava caótico, com milhares de pessoas e carros circulando para todo lado. E continua sendo assim.

b)   o comércio, que, muitas vezes operava no vermelho (in the red), aproveitava a data para queimar estoques e reequilibrar as finanças, na tentativa de entrar no azul (in the black).

Seja como for, a Black Friday marca o início das vendas de Natal e por isso as lojas fazem grandes promoções, o que desperta nos consumidores verdadeiros instintos assassinos, no afã de conseguir uma pechincha.

Preparem-se, pois, para lutar com unhas e dentes por sua TV de 52 polegadas ou seu micro-ondas de última geração. Good luck!

Aglomeração do lado de fora de uma loja, à espera da abertura das portas