Crise? Que crise? Não há crise nenhuma no Brasil. Nem
política, nem econômica, muito menos moral ou ética. Examinem os vários sentidos
da palavra crise. Só é possível falar-se em crise quando, diante de um quadro
de incertezas, surge a perspectiva de mudanças. Existe tal perspectiva no
momento? É claro que não. Se esse presidente mesoclítico cair, assume o
presidente da Câmara, completamente proclítico. Muda alguma coisa? Se houver a
antecipação das eleições, seja lá quem for eleito, muda alguma coisa? Se as
eleições forem diretas, indiretas, com financiamento público ou privado das
campanhas, com listas fechadas, abertas ou
entreabertas, com voto distrital, ou misto, ou proporcional, muda alguma
coisa? Mudando o Procurador-Geral da República, muda a corrupção? Se em vez de presidencialismo,
tivermos parlamentarismo, absolutismo, monarquia, anarquia, ou qualquer outro
regime, o Brasil vai pra frente? Não vai. E por que não vai? Não sei, só sei
que não vai. A história do Brasil é, no dizer de Shakespeare:
69. A tale
told by an idiot
Tradução: Uma história
contada por um idiota.
Significado: Visão amarga e pessimista da vida
Fonte: Macbeth, ato V,
cena 5
Macbeth:
Life's but a walking shadow, a poor player,
That struts and frets his
hour upon the stage,
And then is heard no more;
it is a tale
Told by an idiot, full of
sound and fury,
Signifying nothing.
Macbeth: A vida não é nada senão uma sombra que passa, um pobre
ator
Que se pavoneia e se agita durante uma hora no palco,
E depois ninguém mais fala dele. É uma história
Contada por um idiota, cheia de sons e de fúria,
Não significando nada.
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