Bem, vamos à tradução do segundo texto, que
transcrevo abaixo:
Working for on demand startups
like Uber and TaskRabbit is supposed to offer flexible hours and higher wages,
but many workers have found the pay lower and the hours less flexible than they
expected. Even more surprising: 8 percent of those chauffeuring passengers and
16 percent of those making deliveries said they lack personal auto insurance.
Those are among the findings from a survey about the work life of independent
contractors for on demand startups, a booming sector of the tech industry,
being released Wednesday. “We want to shed light on the industry as a whole,”
said Isaac Madan, a Stanford master’s candidate in bioinformatics who worked
with two other Stanford students and a recent alumnus on the survey of 1,330
workers. “People need to understand how this space will change and evolve and
help the economy.” On
demand,
often called the sharing economy, refers to companies that let users summon
workers via smartphone apps to handle all manner of services: rides, cleaning,
chores, deliveries, car parking, waiting in lines. Almost uniformly, those
workers are independent contractors rather than salaried employees. That status
is the main point of contention in a recent rash of lawsuits in which workers are
filing for employee status. While the survey did not directly ask contractors
if they would prefer to be employees, it found that their top workplace desires
were to have paid health insurance, retirement benefits and paid time off for
holidays, vacation and sick days – all perks of full✄time workers. Respondents also
expressed interest in having more chances for advancement, education
sponsorship, disability insurance and human✄relations support. Because respondents were
recruited rather than randomly selected, the survey does not claim to be
representational but a conclusion one may come to is that flexibility of new
jobs comes with a cost. Not all workers are prepared for that! SFChronicle.com
and SFGate.com, May 20, 2015. Adaptado.
Quem começa a trabalhar em empresas
prestadoras de serviço sob demanda, tais como Uber e TaskRabbit, imagina
horários flexíveis e salários mais altos. No entanto, muitos empregados acabam
descobrindo que o salário é menor e os horários de trabalho não são tão
flexíveis assim. E o que é ainda mais surpreendente: 8% dos motoristas que
transportam passageiros e 16% dos que fazem entregas declararam que não têm
seguro. Estas são algumas das revelações de uma pesquisa, divulgada na
quarta-feira, sobre o trabalho das start-ups que funcionam sob demanda, um
setor da indústria tecnológica em franca expansão. “Nossa intenção foi mostrar
a indústria como um todo”, disse Isaac Madan, um mestrando em bioinformática da
Universidade de Stanford, que trabalhou com dois outros estudantes de Stanford,
e um ex-aluno, para realizar a pesquisa com 1.330 trabalhadores. “As pessoas
precisam entender que esse espaço vai evoluir e contribuir para o
desenvolvimento da economia. A expressão ‘sob demanda’, frequentemente
denominada economia colaborativa, refere-se a empresas que permitem que os
usuários solicitem empregados por meio de aplicativos de smartphone para que
executem todo tipo de serviços: levar passageiros de carro, fazer limpeza, prestar
serviços domésticos, realizar entregas, estacionar veículos, guardar lugar em
fila etc. Praticamente todos os prestadores de serviços são autônomos e não
trabalhadores assalariados. Esse é o principal ponto de discórdia presente numa
enxurrada de ações judiciais, em que os trabalhadores reivindicam o status de
assalariados. A pesquisa não perguntou diretamente se os prestadores de
serviços prefeririam ser assalariados, mas por outro lado revelou que eles
gostariam de ter seguro-saúde, aposentadoria, férias remuneradas e abono de
falta por doença – que são, todos, direitos dos trabalhadores assalariados. Os
que responderam a pesquisa também demonstraram interesse em maiores
oportunidades profissionais, bolsas de estudo, seguro-invalidez e apoio nas
relações pessoais. Uma vez que eles foram escolhidos e não selecionados
aleatoriamente, a pesquisa não pretendeu ser representativa de toda a
categoria, mas é possível concluir que a flexibilidade dos novos empregos tem
um custo. Nem todos os trabalhadores estão preparados para isso!
Passemos agora às questões. Tal
como disse ontem, vou me concentrar apenas nas alternativas erradas. As
corretas não têm graça:
88 Segundo o texto, empresas
do tipo “on demand”
a) têm pouco contato com seus
prestadores de serviços, o que dificulta o estabelecimento de planos de
carreira. (NÃO: o texto não faz menção ao
relacionamento pessoal entre os prestadores de serviços e as empresas para as
quais trabalham.)
b) são intermediárias entre
usuários e prestadores de serviços acionados por meio de aplicativos. (SIM)
c) remuneram abaixo do mercado
seus prestadores de serviços. (NÃO: elas
remuneram menos do que os prestadores de serviços imaginavam, o que não
significa que os seus ganhos estejam abaixo dos preços cobrados pelo mercado.)
d) exigem dos prestadores de
serviços um número mínimo de horas trabalhadas por dia. (NÃO: o texto não fala em número mínimo de horas trabalhadas, fala em
horários flexíveis, ou seja, o trabalhador não tem muita liberdade de escolher
quando vai trabalhar.)
e) estão crescendo em número,
mas são criticadas pela qualidade de seus serviços. (NÃO: não há no texto, nenhuma crítica à qualidade dos serviços
prestados.)
89 Um dos resultados da
pesquisa realizada com prestadores de serviços de empresas do tipo “on demand”
mostra que esses trabalhadores
a) consideram a flexibilidade
do horário de trabalho o ponto alto de sua opção profissional. (NÃO: pelo contrário, a falta de
flexibilidade é que frustra os trabalhadores.)
b) pagam seus próprios seguros-saúde e planos de aposentadoria.
(NÃO: os trabalhadores gostariam que as
startups pagassem seus seguros-saúde
e planos de aposentadoria, mas como elas não o fazem, o texto não informa se os
trabalhadores tomam essa providência.)
c) investem no seu
aprimoramento profissional para obter melhores ganhos no futuro. (NÃO: as empresas não dão aos seus
empregados oportunidade de investir no seu aprimoramento profissional)
d) têm a opção de tirar férias
quando desejarem, com o apoio das empresas e dos familiares. (NÃO: eles não têm direito a férias.)
e) desejam ter os mesmos
benefícios sociais que trabalhadores assalariados. (SIM:)
90 Outro resultado da mesma
pesquisa indica que
a) grande parte dos
trabalhadores em empresas “on demand” não pensa em ter um registro formal de
trabalho. (NÃO: pelo contrário, muitos
deles estão reivindicando tal direito na justiça.)
b) nem
todos os trabalhadores em empresas “on demand” estão preparados para arcar com
o custo de sua flexibilidade no trabalho. (SIM)
c) muitos dos entrevistados
que prestam serviços nas empresas “on demand” também têm um trabalho formal. (NÃO: nenhuma referência a isto no texto.)
d) vários dos entrevistados
buscam o trabalho “on demand” por conta do status que ele proporciona. (NÃO: eles procuram este tipo de trabalho na
expectativa de ter um horário flexível e um salário maior. Nada de status.)
e) as vantagens de um emprego
formal são menores se comparadas com as vantagens envolvidas no trabalho “on demand”.
(NÃO: se muitos trabalhadores ‘on demand’
estão entrando na justiça para conseguir maiores direitos, é porque as vantagens
de um emprego formal são maiores.)
http://infospace.ischool.syr.edu/files/2013/02/taskrabbit.jpg
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