TO SIR, WITH LOVE
Todo
fim do ano, eu costumava perguntar aos alunos do 3º colegial, qual carreira
eles pretendiam seguir ao prestar o vestibular. As respostas eram praticamente
as mesmas: medicina, engenharia, direito, economia, administração e publicidade.
Magistério? Nem pensar.
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No
entanto, nem sempre foi assim. Houve um tempo (põe tempo nisso!) em que
professor tinha um bom salário, não pagava imposto de renda e gozava do
respeito e da consideração de toda a comunidade, incluindo aí os alunos, seus
pais e, no fundo, a sociedade como um todo.
O
vestibular que eu prestei para Letras Anglo-Germânicas na USP tinha 30 vagas
para o curso noturno e 90 candidatos. Moleza, né? Pois apenas sete foram
aprovados. Éramos the seven heroes,
como Mrs. Stevens, nossa professora de literatura inglesa, nos chamava. O que
aconteceu com as 23 vagas restantes? Fizeram uma nova prova, uma espécie de 2ª
chamada. Aprovaram mais um. E só.
Hoje,
o jovem que se forma professor e não abandona a profissão só o faz por vocação. Os baixos
salários, as classes superlotadas, os alunos desmotivados, o excesso de provas
para corrigir, a falta de tempo para a preparação das aulas, a burocracia
escolar, a falta de computadores e lousas digitais - sem falar que muitas vezes
falta giz, faltam mapas, falta merenda... Quer dizer, falta tudo.
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Mas
nada disso é mais rewarding (desculpe
a frescura, não consigo pensar em palavra melhor) do que acompanhar o
crescimento intelectual de uma criança. No meu caso em particular, era com
orgulho que eu constatava que um garoto ou garota de 11 ou 12 anos estava
falando inglês aos 14 ou 15.
Abaixo, uma das escolas em que tive o privilégio de lecionar.
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