Subindo a Miguel Isasa, bem na esquina ficava a casona do
seu Munhoz. Nunca entrei lá, nem pra pegar a bola que de vez em quando caía lá.
Aquele bigodão e uma verruga medonha no pescoço deixavam qualquer criança
assustada.
Aí vinham a sapataria do seu Alfredo, a casa do Tominha, a
barbearia do Mário até chegar no larguinho, onde se localizavam o açougue do
seu Pepe, o bar do Castro e a venda do
Rocha. No bar do Castro eu quase nunca entrava. Lá meu irmão e seus amigos jogavam sinuca, fumavam desbragadamente e falavam horas e horas sobre corridas de cavalos no Jockey.
Rocha. No bar do Castro eu quase nunca entrava. Lá meu irmão e seus amigos jogavam sinuca, fumavam desbragadamente e falavam horas e horas sobre corridas de cavalos no Jockey.
Na venda do Rocha, minha mãe me mandava comprar arroz,
açúcar etc., mas eu sempre voltava de mãos vazias porque ‘tá vendo aquela
senhora ali? Ela acabou de comprar o último quilo.’ Era isso que o Rocha me
dizia. E minha mãe não acreditava.
Depois do bar do Castro a rua perdia a graça.
Na calçada do lado de lá, ficavam dois terrenos baldios – o
Campinho e o Terrenão. Neste, foi construído o prédio do Iapa. No Campinho,
casas, eu acho. Numa delas morou por alguns anos o Salvador, o Sadô, como eu o chamava. O Sadô
era uns três ou quatro anos mais velho que eu. Ele teve pólio quando criança e
andava com um sapato de sola grossíssima para manter o equilíbrio. Eu costumava
empurrá-lo no carrinho de rolimã até o larguinho e vir de carona até o largo da
Batata. Devia dar uns 60 ou 70 metros.
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