Em todo curso de inglês, o que
se pretende, em última análise, é que os alunos sejam capazes de dominar, com
razoável competência, as quatro habilidades de que se compõe o processo de
aprendizagem: listening, speaking,
reading e writing.
Qual skill é o mais difícil? Não saberia dizer, mas certamente speaking envolve fatores pessoais que
não dependem da experiência do professor. A timidez de alguns alunos, o
espírito de liderança de outros, o grau de maturidade da classe, a adequação do
tema proposto à idade da turma podem levar a conversation lesson a um
constrangedor silêncio, recheado de risadinhas nervosas e temperado com um
amargo sabor de fracasso.
Com base no que eu vi e vivi
em sala de aula, vou relatar algumas experiências:
- For and Against é um livrinho (com cerca de apenas 60 e poucas
páginas) de L. G. Alexander, publicado pela Longman na década de 80. O esquema
do livro era interessante: o texto era apresentado, sempre na página à esquerda,
e na direita, dois conjuntos de argumentos – um pró e outro contra as ideias do
texto. Os alunos tinham de se decidir de que lado estavam e partir para o
debate. Os temas propostos hoje estão completamente ultrapassados, mas a ideia
geral ainda me parece válida. Não faz mais sentido discutir coisas como “It’s
high time men ceased to regard women as second-class citizens” ou “We should
all grow fat and be happy”. Hoje existem sites que fornecem extensas listas de
tópicos para conversação ou debate:
- Caring and Sharing in the Foreign Language Class, de Gertrude
Moskowitz, publicado pela Newbury House. Um dos livros mais instigantes com que
já trabalhei. A Autora faz uma abordagem humanística dos temas, o que tornava a
aula muito leve e agradável. Vejam alguns exemplos:
1. Search for someone who
a) would like to be a disc
jockey
b) will celebrate their
birthday next month
c) has visited Russia
d) etc.
2. I had a dream: Ask the students
to tell a dream and say what it meant to them.
3. A day to remember: Ask the
students to close their eyes and say to them: “I want you to think back to a
very special day in your life, a day that had particular meaning to you. It
doesn’t have to be an exciting day, just one that meant a lot to you, a day you
would like to relive all over again, just as it happened. Visualize yourself
that day...What were you wearing? Who was with you? Etc.”
A experiência mais
impressionante que tive com esse livro foi um exercício assim: pedi que os
alunos fechassem os olhos e deitassem o rosto na carteira. Eles teriam de ficar
bem relaxados e não pensar ou lembrar nada. Deveriam apenas e tão somente ouvir
minha voz, contanto de 10 a 0. Depois disso, eu os deixei assim, em silêncio,
por alguns segundos. Aí eu comecei a contar novamente, desta vez de 0 a 10.
Believe it or not, vários deles chegaram a dormir e sonhar! Quando eles me contaram o que sonharam, eu mesmo fiquei
assustado com esse meu ‘poder mediúnico’ e nunca mais repeti a 'brincadeira'.
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