Do ensino fundamental até a
faculdade, não me lembro jamais de ter aprendido alguma coisa na escola fazendo
joguinhos ou brincando com algum game.
O inglês que eu sei entrou na minha cabeça, em primeiro lugar, com os três
livros do Yázigi, da década de 60, que eu guardo até hoje com carinho. Depois,
com livros mais sérios, que continham regras, exemplos e exercícios, não
brincadeirinhas. Dentre eles, cito alguns, que usei ou na Faculdade ou em sala
de aula para alunos adiantados:
A Comprehebsive
English Grammar for Foreign Students, by C.E Eckersley & J.M. Eckersley (Longman)
Practical
English Usage, by Michael Swan (Oxford)
Living
English Structure, by W. Stannard Allen (Longman)
A University
Grammar of English, by Randolph Quirk & Sidney Greenbaum (Longman)
Better Spoken
English, by Geoffrey Barnard (Macmillan)
Hoje, porém, há uma infinidade
de sites do tipo ‘Learn English and Have Fun’. Eis alguns:
Durante
vários anos, usei no Porto Seguro a coleção Learning English – Modern Course,
da EPU. Havia, para cada livro, um Workbook, repleto de anagramas, palavras
cruzadas, caça-palavras etc. Joguinhos? Joguinhos, porém eles apareciam no fim
da unidade, como uma espécie de revisão do conteúdo já estudado.
O que eu
quero dizer com isso é que, na minha experiência, acho improvável o slogan “Study
English and have fun at the same time“. Acho que os tais games têm um
fim em si mesmo: eles apenas servem para ‘have fun’. Sei que é uma afirmação
temerária e polêmica. Mas seria interessante perguntar a meus ex-alunos se eles
aumentaram o seu vocabulário de inglês fazendo crossword puzzles, decifrando
anagrams, unscrabbling the words e por aí vai.
Eu receio que
não. Acho que só se aprende uma língua estrangeira (aliás, isso vale também
para o português) lendo, lendo muito, praticando, anotando, - numa palavra,
RALANDO. O resto é Disney World.
Nenhum comentário:
Postar um comentário