1. Decepções: Primeiro acreditei no PSDB, quando as melhores cabeças do MDB
fundaram um novo partido. Depois, abracei o PT, com todo aquele discurso ético.
Uma vez, indo bem cedinho para o trabalho, ainda antes das sete horas,
vi, num cruzamento, um rapaz – um só – debaixo de uma chuva miúda, empunhando a
bandeira vermelha do PT. Que partido! pensei eu, meio emocionado. Agora vai!
Aí pintou o Valdomiro 1% Diniz. Meu mundo caiu! Mas não é possível! E
logo depois o Roberto Jeferson e o mensalão. Nesse meio tempo, cruzei dentro de
uma loja com um bambambã do PT, acompanhado de dois aspones. Sussurrei para
minha esposa: “Olha lá o Fulano!” Sorridente,
o bandido veio até nós e um dos aspones me entregou um santinho. Tive o enorme
prazer de recusar o santinho e lhe dizer nas fuças: “Não, obrigado. Vocês não
me enganam mais.”
Ah, patifes! Vocês vão ver! O STF vai julgar vocês e ó – vocês vão
acabar na cadeia. Assisti fervorosamente ao julgamento. Com o coração nas mãos,
vibrava a cada bordoada jurídica que os mensaleiros levavam na cabeça.
Depois de tantos
meses, veio o resultado: pífio, ridículo, frustrante. Agora, me respondam: em
quê ou quem eu vou acreditar?
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