Acabei a
revisão dos dois livros. Amanhã eu volto às Tricky Pitfalls.
(Câmera
na horizontal)
Ao
fundo, uma casa: dois jardinzinhos na frente, separados por uma pequena escada
que dá no terraço. Neste terraço, há um conjunto de duas cadeiras de ferro,
pintadas de branco, com uma mesinha com tampo de vidro entre elas. Na parede,
um quadro imitando uma casca de árvore, com os dizeres: ‘Saudades de Águas de
São Pedro’. A casa ficava na esquina da Cristóvão Gonçalves com Miguel Isasa,
em Pinheiros, ao lado do Largo da Batata. A casa não existe mais. Aliás, nem a
Miguel Isasa sobreviveu. Hoje é tudo Faria Lima.
Agora
o texto:
“Meu
nome é Israel Jelin. Tenho 11 anos e estou em frente da casa dos meus pais. O
que espero do meu país? Nada. Na minha cabeça não existe essa coisa de país.
Existem a minha cama, a minha escola, o pé de goiaba no fundo de casa, o
barracão de madeira onde meu pai guardava suas ferramentas e só, que eu me
lembre. O ano é 1958.
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