Interrompo por um momento a
sequência das minhas Tricky Pitfalls
para falar de um assunto que não tem nada a ver com inglês. Trata-se do sorrisinho da seleção. Antes,
porém, vamos àquelas duas já habituais exortações:
Quosque tandem, Temer, abutere patientia nostra?
Brasilia delenda est.
O sorrisinho
da seleção
Vocês já repararam que, via de
regra, quando um jogador da seleção comete uma falta – às vezes criminosa – ou é
flagrado em impedimento – clamoroso, de vez em quando – ele reage de forma ‘superior’,
dando um sorrisinho cínico de desaprovação, como que a dizer: “Olha aqui, meu, aqui
o cara sou eu, eu sou pentacampeão, eu ganho os tubos e quem entende de bola
sou eu. Quanto a você (mais um sorrisinho), ninguém sabe quem você é. Jogue
fora esse apito ou essa bandeira e sobra o quê? Nada, meu chapa.
Essa atitude - na minha
modesta, porém infalível opinião - tem a ver com nosso caráter nacional,
iniciado, em tempos mais recentes, com a Lei de Gerson (“tem que levar vantagem
em tudo”) e desenvolvido com toda a cara de pau pelos nossos políticos. Eles
também, do jeito mais despudorado possível, alegam que “foram na bola”, que “nem
encostaram no adversário” e que “saíram de trás quando a bola foi lançada” Já as doações de campanha foram todas legais e
devidamente declaradas.
É assim que nós somos.
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