domingo, 10 de dezembro de 2017

Teste 12: cicerone

Quosque tandem, Temer, abutere patientia nostra?
Brasilia delenda est
Resposta do teste 11: a
Teste 12: cicerone
a)   Paola Cicerona (1789-1850), dona da mais famosa pizzeria de Nápoles. Dotada de fino faro para negócios e de muito talento culinário, criou a famosa pizza napolitana (molho de tomate do tipo san manzano ou vesuviano, mussarela de búfala e manjericão fresco). Insistia em louvar as belezas de sua cidade natal, banhada pelo Mediterrâneo e ao lado do Vesúvio, cantando músicas típicas que encantavam seus fregueses, entre as quais O Sole Mio. Fazia questão de acompanhar pessoalmente grupos de turistas em excursões ao Monte Vesúvio. Desgraçadamente, morreu ao troppeçar e cair dentro da cratera.

b)   Nicolò Cicheroni (1413-1467), guia turistico da Torre de Pisa. Sabia tudo da famosa torre. E foi por isso que acabou perdendo o emprego. A cada degrau (são 296!), diante de cada sino (7), e em cada andar (8), Cicheroni parava e torrava a paciência dos turistas, enchendo-os de tanta informação que, antes do fim do passeio não sobrava ninguém. Triste e margurado, cometeu suicídio atirando-se do último andar. No local onde o corpo se espatifou, uma singela placa de mármore avisa: “Aqui morreu Nicolò Cicheroni”. Mas ninguém mais sabe quem ele foi.


c)   Marco Túlio Cícero (106–43 a.C.), advogado, senador e grande orador. Com sua retórica impecável, era capaz de dar nó em pingo d’água. São dele, entre muitos outros, os seguintes aforismas: “Quam desiderabilia prudentia sit vitandum.” “Ut sint vina senectae funus malos bonosque clears.” E o meu preferido: “Maxima ignorantia de morbo in hominibus.” O significado é tão claro que dispensa tradução. Seu nome passou a ser sinônimo de guia turístico, porque ambos – tanto o advogado, como o guia - falam pelos cotovelos e não permitem ser interrompidos. Cícero morreu decapitado por ordem de Marco Antônio. “Fala muito,” este teria declarado ao decretar a sentença de morte. 

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