Da série horripilante MINICONTOS DE MISTÉRIO
Ele acordou no meio da noite com uma
estranha sensação. Era capaz de jurar que havia alguém em sua casa. Levantou-se
devagar, saiu do quarto e olhou em volta. Esperou algum tempo no alto da escada
e voltou para a cama.
No dia seguinte, constatou que tinham
levado sua tevê e seu laptop.
1.
Da série Perguntar Não Ofende: Segundo Barusco, a corrupção
foi institucionalizada no governo Lula. Que tipo
de corrupção então havia na Petrobras no tempo de Paulo Francis?
2.
Da série Perguntar Não Ofende: Essas empreiteiras
corruptoras só dão dinheiro para o candidato que vence a eleição? O perdedor
não leva nada?
3.
Da série Estou com o Saco Cheio: Não aguento mais
receber informações sobre alimentos que fazem bem à saúde: semente disso e
aquilo, verdura assim e assado, plantas que dão aqui mas não dão lá, chás de
coisas inimagináveis (e intragáveis), frutas de que nunca ouvi falar, detox,
Ravenna, vitaminas, água quente com limão, com alho, com mel, com tudo junto –
chega!
4.
Da série Estou com o Saco Cheio: Nasci numa rua
de terra há muitas décadas atrás. Filho de pais imigrantes. Pai falecido quando
eu tinha onze anos. Comecei a dar aula particular para ajudar em casa aos 14
anos de idade. Com exceção do primário, sempre estudei à noite em escola
pública. Quando só havia Arena e MDB, votei no MDB. Quando surgiu uma
dissidência do MDB e surgiu o PSDB, votei
no PSDB. Quando o PT foi fundado, aderi com entusiasmo. Votei no Lula
nas três vezes em que ele foi derrotado e quando ele venceu, pela primeira vez,
as eleições. Já votei na Erundina, no Jesuíno, no Suplicy, no Pedro Dallari. Só
passei a ter nojo do partido quando descobri, mais uma vez, que fui tapeado por
ter acreditado durante anos na honestidade dessa gentalha. E agora, que abomino
esses safados que estão no poder, vem um bando de idiotas me chamar de coxinha,
golpista, membro da elite, da extrema direita dos Jardins e sei lá mais o quê!
Basta! Meu bairro se chama Cerqueira César.
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