Audiência do Lava Jato
- Com a palavra o
nobre deputado Fulano de Tal.
- Obrigado, senhor
Presidente. Minha pergunta é simples: como o senhor, que foi diretor da
companhia durante, sei lá, sete ou oito anos, numa época em que o país passava
por uma crise tremenda, que era reflexo de uma crise maior ainda, eu me refiro
à crise internacional, e o senhor foi indicado pelo partido que ora enfrenta
uma série de acusações, que já estão sendo desmascaradas, isto é, não as
acusações foram desmascaradas, o senhor sabe do que eu estou falando, então eu
quero saber o seguinte, uma dúvida que eu tenho e toda a sociedade brasileira
quer saber, que é para deixar bem claro o papel que o senhor exerceu nesses
aditivos que o senhor assinou, eu tenho aqui a cópia de todos esses contratos,
contratos esses que não passaram e nem podiam mesmo passar pelo crivo da
direção executiva, porque essa história, eu não posso e o povo brasileiro
tampouco pode aceitar, uma vez que há aqui uma flagrante violação da
Constituição Federal, e não venha o senhor aqui dizer que não sabia que
contratos eram esses, porque o senhor estava presente em todas aquelas reuniões, época em que se discutiu a entrega
da refinaria aos grupos que há anos vem se locupletando do dinheiro público, o
qual poderia ser muito melhor aplicado se tivesse sido investido em saúde, em
educação e em tantos outros setores da vida nacional, mas que, infelizmente, se
encontram à míngua. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
- Por orientação do
meu advogado, vou usar o meu direito constitucional de permanecer calado.
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