Quero deixar claro from the very beginning que não vou emitir
nenhum juízo de valor sobre a atuação desses jovens que se intitulam black
blocs. Cada um faz o que bem entende, e depois aguenta. Quer quebrar, quebra.
Quer tacar fogo, taca. quer soltar rojão, solta. Não tenho nada com isso,
contanto, of course, que não usem os pneus do meu carro para bloquear a
Paulista ou a Consolação, nem joguem coquetel molotov no prédio onde moro.
Meu enfoque é outro.
Esses alegres rapazes e moças que
cobrem o rosto com máscaras e chales, que carregam em suas mochilas, vinagre, socos ingleses,
barras de ferro e outros inocentes apetrechos, não são – repito: não são - black blocs. Black bloc é o nome do movimento, ou, se quiserem, uma filosofia, cujo objetivo é desafiar,
enfrentar e, enquanto a polícia não parte
pro pau destruir o
que eles chamam de símbolos do capitalismo. Por mim, tudo bem. Não sou um
símbolo capitalista. No máximo, um esquerdista desencantado.
Mas, voltando ao ponto de partida, em nome da defesa da
língua inglesa (com perdão da rima pobre), devo insistir que esses jovens encapuçados
não são black blocs; eles são black blockers, ou black bloc members.
Como existe uma forte tendência de aportuguesar vocábulos
estrangeiros, sugiro que eles passem a ser denominados bleque bloquers.
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