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Em 1920, Ruy Barbosa foi
paraninfo da turma de formandos da Faculdade de Direito do Largo de São
Francisco. Para a efeméride (!), escreveu sua famosa Oração aos Moços, que ele
próprio não pôde ler, por encontrar-se acamado na época. Fê-lo (!!) o Professor
Reinaldo Porchat.
But I digress. O que isso tem a ver com o que eu pretendo
escrever hoje? Provavelmente nada, mas quem sabe no fim do texto eu encontre alguma
conexão...
Para as turmas do 3º Colegial,
eu costumava dizer para eles prestarem atenção aos próximos dez anos após sua
despedida do Porto Seguro. Seriam os anos mais importantes de suas vidas. Eles entrariam
na Faculdade, formar-se-iam, começariam a trabalhar, montariam seus próprios
negócios, ganhariam dinheiro, casar-se-iam e, principalmente, teriam filhos. Tudo
o mais que lhes acontecesse na vida seria mera consequência desses anos.
Portanto, era necessário que eles não pisassem na bola. que eles did not screw
up, e que eles did their best.
Já se passou quase uma geração
que eu pendurei as chuteiras, ou, para usar uma metáfora mais próxima da
realidade, que eu pendurei minha caixinha de giz. Pode ser agora o momento de
perguntar a vocês, quarentões e cinquentões que, lá atrás, me aguentaram por
dois, três ou até mais anos: o que vocês fizeram daqueles dez anos? E o que
aconteceu depois deles? E os seus filhos, tudo bem com eles?
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