quarta-feira, 25 de outubro de 2017

ELABORAÇÃO DE ALTERNATIVAS ERRADAS - VOCABULÁRIO

ELABORAÇÃO DE ALTERNATIVAS ERRADAS - VOCABULÁRIO
Quosque tandem, Temer, abutere patientia nostra?
Delenda Brasília est.

Foi Churchill quem disse: “Democracy is the worst form of government, except for all the others.”

E é atribuída a Maurice Chevalier a frase: Old age isn't so bad when you consider the alternative.

É possível, então, traçar um paralelo entre a democracia e a velhice: ambas são uma droga, mas suas alternativas são ainda piores: ditadura, num caso; morte, no outro.

Valendo-me da democracia, sempre escolhi, em cada eleição, da maneira mais consciente e responsável possível. os candidatos que me parecessem mais honestos, competentes e comprometidos com as necessidades do país. Hoje constato tristemente que sempre votei em canalhas, ladrões e corruptos. Porque todos são. sem nenhuma honrosa exceção. canalhas, ladrões e corruptos.

Quanto à velhice, até agora tenho-a levado numa boa. Até quando? Sei lá...

Vamos voltar à interpretação de texto.

A segunda linha de raciocínio na elaboração de uma alternativa errada de interpretação de texto consiste em traduzir mal e porcamente uma determinada palavra. Ou seja, ou o candidato conhece a palavra e acerta a questão, ou chuta. E erra.
Lembro que anos atrás um texto falava exaustivamente do marmoset. É razoável esperar que um candidato a uma vaga na universidade saiba o que significa marmoset? E quantos professores de inglês conhecem a palavra? Confesso que eu na época não a conhecia. Marmoset quer dizer sagui. É dessas palavras que fazem parte do nosso vocabulário passivo, isto é, a gente sabe o que é um sagui, mas raramente vai usar a palavra numa sentença, principalmente se moramos numa cidade grande, tipo “Outro dia eu estava num supermercado, quando de repente um sagui...” 
Bem, aqui vão alguns exemplos:

(Fuvest 2012) Time was, advertising was a relatively simple undertaking: buy some print space and airtime, create the spots, and blast them at a captive audience. Today it’s chaos: while passive viewers still exist, mostly we pick and choose what to consume, ignoring ads with a touch of the DVR remote. Ads are forced to become more like content, and the best aim to engage consumers so much that they pass the material on to friends – by email, Twitter, Facebook – who will pass it on to friends, who will… you get the picture. In the industry, “viral” has become a usefully vague way to describe any campaign that spreads from person to person, acquiring its own momentum. It’s not that online advertising has eclipsed TV, but it has become its full partner – and in many ways the more substantive one, a medium in which the audience must be earned, not simply bought.  (Newsweek, March 26 & April 2, 2012. Adaptado.)
87 No texto, a palavra “viral” refere-se a
a) campanhas publicitárias divulgadas entre usuários de mídias eletrônicas.
b) vírus eletrônicos acoplados a anúncios publicitários.
d) mídias eletrônicas que têm dificuldade em controlar a disseminação de vírus.
Análise:
a)   correta. Não vale a pena comentar esta afirmação: afinal, é isso que o texto diz.
b)  errada: a palavra ‘viral’ não tem nada a ver com vírus de computador
d)  errada: idem

88 Afirma-se, no texto, que, diferentemente da TV, na publicidade online a audiência tem de ser 
a) partilhada.
b) valorizada.
c) comprada.
d) multiplicada.
e) conquistada.
Análise: Esta questão 88 está totalmente baseada no verbo to earn, que normalmente significa ganhar dinheiro (earn money, earn a fortune, earn some extra bucks, earn a living), mas também pode vir associado a outras palavras sem relação com dinheiro (earn respect, earn a reputation, earn someone’s love)
a) partilhada (=shared)
b) valorizada (=valued)
c) comprada (=bought)
d) multiplicada (multiplied)

e) conquistada (esta é a alternativa correta)

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