FUTEBOL NA ALEMANHA
Fomos – eu, meu genro Oliver e o pai
dele, Udo - assistir a um jogo de futebol no estádio. 63 euros cada ingresso.
Quem pagou foi o Udo.
Para chegar lá, é pegar uma reta só e
parar em qualquer lugar onde haja uma vaga. O Oliver ligou para um amigo que
mora perto da arena e pediu para estacionar em frente à casa dele. Aí descemos
do carro e caminhamos certa de 400 metros até chegar lá. Há uma praça em frente
ao estádio, com um monte de barracas que vendem cerveja e sanduíche de
linguiça. Entramos.
Assentos numerados, claro. Há tanta
coisa a observar num jogo de futebol que a partida mesmo fica em segundo plano.
Para começar, as torcidas. Atrás de um gol, uma torcida barulhenta, que canta
sem parar, agitando suas bandeiras. Atrás do outro gol, a torcida adversária,
fazendo a mesma coisa. No meio, em ambos os lados do campo, torcedores dos dois
times, todos misturados, com gorros e cachecóis de cores diferentes.
Aí entram mocinhas marchando pelo
túnel que dá acesso ao vestiário, formando um corredor por onde passarão os
jogadores ao ‘adentrar o terreno’. Antes, porém, uma banda de meninos, saindo
de uma lateral, entra em campo tocando seus instrumentos e agitando bandeiras.
Depois, um bode marombado - bode
alemão, lógico – que é o símbolo do time, é trazido para a beira do campo e
várias autoridades tiram selfies com o bicho. Só faltou eles entrevistarem o
bode.
Sãos anunciadas as escalações dos
dois times. No time da casa, o Köln FC, o narrador dá o primeiro nome do
jogador e o estádio todo – ou quase todo – completa com o sobrenome do jogador.
É claro que eles não fazem isso com o time visitante, o Sttutgart.
Depois disso, o narrador anuncia que
um antigo jogador do time faleceu. Todos, sem exceção, se levantam e, em vez de
fazer um minuto de silêncio, batem palmas para o falecido durante um minuto,
sem um segundo a mais ou a menos. Aí toca o hino do time, que toda a torcida
sabe de cor.
Pronto. Vai começar a partida. A
temperatura lá podia ser definida tecnicamente como puta frio. Zero grau de
temperatura. Mesmo assim, os caras não param de tomar cerveja, - nem nós - em
copázios (!) de plástico, pois é proibido entrar no estádio com latas ou
garrafas. A cerveja é servida por um funcionário que carrega uma espécie de
barril nas costas e uma mangueira na mão (no bom sentido). Um sujeito, sentado
à minha frente, comprou um copo, deu uma bicada, levantou-se e deixou o copo
sobre o assento. Voltou cinco ou seis minutos depois, e copo permanecia ali,
intocável.
Quanto ao jogo, foi uma merda: 0 a 0.
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