A língua alemã é repleta de palavras dotadas de ímãs. Elas se grudam
uma nas outras, formando vocábulos longuíssimos, que Mark Twain certa vez chamou
de trenzinhos de letras. Como o acento tônico recai normalmente na terceira
sílaba (da esquerda para a direita), o resultado é que muitas dessas palavras
são proproproproparoxítonas. Quando estou na estrada, de carona no carro do meu
genro, a 130, 140 quilómetros por hora, muitas vezes não consigo ler as placas,
o que não faz a menor diferença, reconheço.
E, não obstante tudo isso, o Bubsko
brinca comigo em português e com o outro avô em alemão! Três anos! Ainda usa
fralda, caramba! Aposto que se a faxineira turca que dá um trato na casa duas
vezes por semana começasse a falar com o garoto em turco, logo se entenderia
com ele. É humilhante.
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