Em cada ponto de ônibus, há uma placa (estranhamente,
nunca pichada) com os horários. Assim, por exemplo:
- de segunda a sexta: 7h – 7,13;
7,19; 7,45; 7,58
8h
– 8.2; 8,13; 8,44; 8,56
Aí o ônibus chega. Rigorosamente
dentro do horário. Como é possível? Com trânsito ou sem trânsito, o motorista
segue, impávido colosso. Ainda que não haja ninguém no ponto, ou que nenhum
passageiro aperte o botão para descer, ele assim mesmo para no ponto e espera
alguns segundos.
Cada veículo tem uma plataforma móvel,
que se abaixa se o passageiro é idoso ou uma mãe com o carrinho de bebê.
Você entra e se dirige a uma máquina
escrita em quatro línguas (alemão, inglês, turco e francês) com vários botões:
viagens curtas, longas, dia inteiro etc.). Você escolhe quanto quer pagar ou
então, decide arriscar e não comprar o bilhete. O motorista não dá a menor bola.
Para ele, tanto faz como tanto fez. Agora, se entrar um fiscal e você não
apresentar o bilhete, vai pagar uma multa gigante no ato, e vai ter de descer
do ônibus sob os olhares reprovadores dos demais passageiros, que são os que
efetivamente sustentam o sistema de transporte. “Ach,” eles exclamarão
baixinho. Um vexame inesquecível, dizem.
Último detalhe: uma vez que passa
praticamente um ônibus atrás do outro, eles estão sempre vazios, de modo que
ninguém viaja em pé.
Mais uma coisinha: no inverno, o
motorista aciona o aquecedor. Lá dentro é sempre quentinho.
Em resumo: inteligente, pontual e
confortável. Só não é barato: uma viagem ‘longa’ - de ponto inicial a ponto
final, coisa de 10, 15 minutos - custa 2,80 euros. Façam as contas.
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