terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

ALEMANHA (CONT.)

 Em cada ponto de ônibus, há uma placa (estranhamente, nunca pichada) com os horários. Assim, por exemplo:
- de segunda a sexta: 7h – 7,13; 7,19; 7,45; 7,58
                                    8h – 8.2; 8,13; 8,44; 8,56
Aí o ônibus chega. Rigorosamente dentro do horário. Como é possível? Com trânsito ou sem trânsito, o motorista segue, impávido colosso. Ainda que não haja ninguém no ponto, ou que nenhum passageiro aperte o botão para descer, ele assim mesmo para no ponto e espera alguns segundos. 
Cada veículo tem uma plataforma móvel, que se abaixa se o passageiro é idoso ou uma mãe com o carrinho de bebê.
Você entra e se dirige a uma máquina escrita em quatro línguas (alemão, inglês, turco e francês) com vários botões: viagens curtas, longas, dia inteiro etc.). Você escolhe quanto quer pagar ou então, decide arriscar e não comprar o bilhete. O motorista não dá a menor bola. Para ele, tanto faz como tanto fez. Agora, se entrar um fiscal e você não apresentar o bilhete, vai pagar uma multa gigante no ato, e vai ter de descer do ônibus sob os olhares reprovadores dos demais passageiros, que são os que efetivamente sustentam o sistema de transporte.  “Ach,” eles exclamarão baixinho. Um vexame inesquecível, dizem.
Último detalhe: uma vez que passa praticamente um ônibus atrás do outro, eles estão sempre vazios, de modo que ninguém viaja em pé.
Mais uma coisinha: no inverno, o motorista aciona o aquecedor. Lá dentro é sempre quentinho.

Em resumo: inteligente, pontual e confortável. Só não é barato: uma viagem ‘longa’ - de ponto inicial a ponto final, coisa de 10, 15 minutos - custa 2,80 euros. Façam as contas.

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