Impressões da Paulista (16/8)
a) O mundo gira: As voltas que o
mundo dá. Agora é o PT aliado ‘às elite’ e o presidente da CUT disposto a
morrer para defender o Levy.
b) Eu posso falar de boca cheia:
ninguém me pagou para estar lá. Eu fui a pé. O que, confesso, não é mérito
nenhum. Eu moro a uma quadra do Conjunto Nacional.
c) Fez um bem danado estar no meio
daquela multidão. Não berrei palavras de ordem, não cantei o hino, não pintei a
cara de verde e amarelo, não apitei nem vuvuzelei. Apenas sorri, de alma
lavada. Nem senti a dor nas pernas, que me acompanha há décadas.
a) É chato reconhecer, mas os pouquíssimos
negros que eu vi na Avenida vendiam espiga de milho, água de coco e camiseta
tipo Fora PT. Havia também um grupinho atarantado, sem saber para que lado ir.
Acho que eram haitianos querendo dar o fora de lá..
b) Nem o próprio Collor, até onde eu
me lembre, ousou chamar o impeachment de golpe. O que está na Constituição não
é golpe. Faz parte do jogo. Agora, quando a coisa é golpe mesmo, aí o pessoal
tenta chamar de revolução.
c) Na avaliação do governo, as
manifestações foram um retumbante fracasso: mais de 200 milhões de brasileiros
não foram às ruas. Na visão míope, catarática, astigmatística, glaucomatosa e.
por que não dizer vesga, do Planalto, são esses 200 milhões que dão ‘legitimidade
ao voto recebido nas eleições de 2014.
d) Escondida em baixo da pia da
cozinha, ela acompanhava o noticiário no seu tablet. “Não estou pra ninguém”,
mandou avisou.
e) Aos poucos, escondidos em carros
sem identificação oficial, iam chegando ao Palácio os membros do ‘núcleo duro’ do governo. Entraram por uma porta secundária. Parece que alguns até levantaram
as jaquetas para esconder o rosto, como fazem os bandidos presos em flagrante.
f) Ouvi de tudo ao longo da Avenida,
menos: “PT, vai pra Cuba que te pariu!”
g) Velho provérbio revisitado: A
desunião (das oposições) faz a força (do governo).
h) Não sei o que quer dizer BNDS,
mas tenho certeza de que o B é de bomba.
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