terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Native or non-native English-speaking teachers?



 O que é melhor, ter aulas de inglês com um native speaker ou com um professor brasileiro?

A resposta parece óbvia, mas não é. Cada caso é um caso. Sendo assim, vou contar alguns casos.

O primeiro grande professor de inglês que tive foi no Yázigi. Seu nome: Breno Locher. Nacionalidade: suíço. Extremamente didático, despertou em mim o gosto pela língua e pela fonética, que ele usava a todo momento na lousa, com giz, seu único teaching aid. Estou falando dos anos 59, 60 e 61.

O segundo foi o meu professor de inglês do Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Nome: Ayrton Lanfredi, natural de Monte Alto, uma pequena cidade na região de Ribeirão Preto. Tão determinado que jamais pronunciou uma palavra de português em suas aulas. Faço questão de destacar que o curso era noturno e numa escola pública. Foi por sua causa que eu nunca exerci a advocacia.

O terceiro foi Carlos Barbisan, uruguaio, com quem fiz um curso de férias na União Cultural Brasil-Estados. Dono de uma pronúncia impecável, suas aulas eram dinâmicas e me foram muito úteis.

Vamos aos native speakers:  

Mr. Broadway: de suas aulas, não lembro nada. A única coisa que me ficou na memória é que ele nasceu na ilha de Santa Helena, para onde Bonaparte foi banido.

Mr. Howard: americano, insistia em me fazer falar I’d better com sotaque americano / aI "bEr@r / e não / aId "bEt@ /, como eu queria.

Mrs. Stevens: inglesa, professora de Literatura Inglesa da USP. Além do terrorismo de seus métodos – ela pretendia que soubéssemos Shakespeare de cor – só lembro de uma frase dela, quando me emprestou um Macbeth de sua própria biblioteca e me disse: ‘Guard it with your life!’

Fora isso, tive oportunidade de assistir a muitas aulas que jovens ingleses davam para os grupos de alunos brasileiros que eu levava para a Inglaterra no mês de julho. De maneira geral, eram muito simpáticos, tinham, obviamente, a fluência e o domínio da língua, mas quase nenhum era professor de verdade. Aquelas aulas eram, na verdade, um bico de verão, um dinheirinho extra para gastar no resto do verão. Creio que os alunos aprendiam mais fora da sala de aula do que dentro.

Em resumo, voltando ao início, cada caso é um caso.

Para quem se interessar, existe um grande número de sites sobre o assunto, dos quais destaco três:



http://rua.ua.es/dspace/bitstream/10045/5996/1/RAEI_10_07.pdf

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