domingo, 22 de março de 2015

Audiência do Lava Jato
- Com a palavra o nobre deputado Fulano de Tal.
- Obrigado, senhor Presidente. Minha pergunta é simples: como o senhor, que foi diretor da companhia durante, sei lá, sete ou oito anos, numa época em que o país passava por uma crise tremenda, que era reflexo de uma crise maior ainda, eu me refiro à crise internacional, e o senhor foi indicado pelo partido que ora enfrenta uma série de acusações, que já estão sendo desmascaradas, isto é, não as acusações foram desmascaradas, o senhor sabe do que eu estou falando, então eu quero saber o seguinte, uma dúvida que eu tenho e toda a sociedade brasileira quer saber, que é para deixar bem claro o papel que o senhor exerceu nesses aditivos que o senhor assinou, eu tenho aqui a cópia de todos esses contratos, contratos esses que não passaram e nem podiam mesmo passar pelo crivo da direção executiva, porque essa história, eu não posso e o povo brasileiro tampouco pode aceitar, uma vez que há aqui uma flagrante violação da Constituição Federal, e não venha o senhor aqui dizer que não sabia que contratos eram esses, porque o senhor estava presente em todas aquelas  reuniões, época em que se discutiu a entrega da refinaria aos grupos que há anos vem se locupletando do dinheiro público, o qual poderia ser muito melhor aplicado se tivesse sido investido em saúde, em educação e em tantos outros setores da vida nacional, mas que, infelizmente, se encontram à míngua. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

- Por orientação do meu advogado, vou usar o meu direito constitucional de permanecer calado.

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