sábado, 31 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
423. Ajustes e desajustes: O ajuste fiscal do Levy só não foi completamente por água abaixo por falta d’água.
424. Armas: Sou a favor do porte de armas de fogo por parte dos políticos. Mas só dentro do Congresso.
425. Abóboras bruxuleantes: Num país onde as bruxas voam soltas por aí, todo dia é Halloween.
426. Elementar, meu caro Watson: Se todos, sem exceção, concordam que toda unanimidade é burra, então tem unanimidade que não é.
427. Diálogo:
- O sol nasce para todos, - refletiu o filósofo.
- Não concordo, - replicou a minhoca.
428. Suíça: Bancos abaixo de qualquer suspeita.

429. Declaração: “É preciso que se tomem medidas enérgicas para combater a morosidade da Justiça”, declarou Sua Excelência, o Dr. Bicho Preguiça.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
415. Varas: Como tanto o governo quanto a oposição tremem de medo do Cunha, ninguém se atreve a cutucá-lo, já que todos têm vara curta.
416. Embutidos: Agora que já se sabe que mortadela, presunto, salaminho e bacon são prejudiciais à saúde, tais produtos deveriam passar a ser chamados de enrustidos.
417. Vaccari: O último dos mochicanos.
418. Avenida Paulista: Se Joaquim Eugênio de Lima soubesse em que a avenida que ele projetou se tornaria, ele teria feito duas: uma para passeatas, manifestações, carros de som e quebra-quebra e outra para quem trabalha e estuda.
419. The Green Leaves of Summer (ou Tem Hora pra Tudo):
A time to be reaping, a time to be sowing
A time just for planting, a time just for plowing
A time pra intimar gente poderosa
Now the green leaves of Summer are calling me home.
420. Deu na Folha (30/10/15): “Tucano aciona PGR contra líder do PT por confusão com MBL” Por mim, eles podiam todos ir para a PQP.
421. Perguntar não ofende: Se não houvesse ninguém, absolutamente ninguém, tomando conta da economia do país, nós estaríamos em situação pior?

422. Exemplo para o mundo: Enquanto Israel e vários países europeus constroem muros para se proteger, a prefeitura de São Paulo planeja derrubar muros de cemitérios para valorizar áreas verdes. 

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Corrupção em família: Filho de peixe peixinho é; filho de hipopótamo hipopotaminho é; filho de molusco molusquinho é. E assim vai. É o curso normal da natureza.
63.Meritocracia: Palavra tão estranha neste país quanto justiça.
64.Pântano: A vaca se debate no brejo, espalhando lama pra tudo quanto é lado.
65.Diálogo no Congresso:
- Vossa Excelência é um canalha!
- Canalha é a mãe!
- Não muda de assunto. Vossa Excelência é um canalha!
412. Liderança no Senado: Si bá, machado. Si não bá, serra elétrica.
413. Cunha: Uma no ferro, uma na ferradura, uma na pata do pobre cavalo. Um dia vai acabar acertando no dedo.

414. Injustiça: Isso não se faz. O pobre homem é perseguido pela elite, pela imprensa, pelo Ministério Público, pelo Poder Judiciário, pela Polícia Federal, pelo Ministério da Fazenda, pela Receita Federal e pelo povo. E o cara não fez nada!

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis
Um bando de franceses que não tinham onde cair mortos, liderados por um tal de Villegagnon, se encantaram com a Baía da Guanabara e resolveram em 1555 fundar ali o que eles tiveram a ousadia de chamar de França Antártica. Não deu certo, pois acabaram sendo expulsos pelos portugueses em escaramuças que se prolongaram por vários anos. Que fique claro que a cerveja que leva esse nome não tem nada a ver. Em 1565, dez anos depois que os franceses foram enxotados de lá,   Estácio de Sá ainda não tinha percebido que aquilo era uma baía e não um rio, mas mesmo assim, teimoso como era, fundou um vilarejo, que batizou com o pomposo nome de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem a D. Sebastião, aquele rei que sumiu numa batalha no Marrocos e até hoje tem uns saudosistas esperando que ele volte, imagine só. Uma de suas frases mais célebres foi ‘Ai, Jesus!’, proferida quando uma flecha lhe vazou um olho na batalha de Uruçu-Mirim.
- Ai, Jesus! gritou Estácio no meio da refrega.
- Que foi? perguntou um jesuíta enviado da capitania de São Vicente para dar conforto espiritual aos combatentes.
- Como, que foi? Não está vendo esta flecha no meu olho?
- Nem tinha reparado. Isso passa, Capitão. Senta aqui e vamos rezar.
Estácio de Sá morreu um mês depois. Está enterrado numa capela na Igreja de São Sebastião dos Frades Capuchinhos.
Diálogos Históricos Improváveis
17
- Olha lá, Américo! – exclamou Gaspar Lemos.
- O quê? indagou Vespúcio. Esse Vespúcio é aquele mesmo, o que chamou as novas terras descobertas de América.
Gaspar Lemos era um homem, digamos, impaciente. Para dizer a verdade, era grosso mesmo. Tinha vindo ao Brasil na esquadra de Cabral e recebeu ordens de voltar à terrinha levando a quilométrica carta de Pero Vaz de Caminha com a notícia do descobrimento. Partiu a contragosto. Por ele, ficava por aqui mesmo, desfrutando...Bem, desfrutando, vocês entendem.
Chegando em Lisboa, entregou a carta a Dom Manoel e, mais que depressa, voltou a este paraíso, como ele dizia de si para si.
- Você não está vendo aquele braço d’água?
- Estou. E daí?
- E daí que eu quero tua opinião. Aquilo é o quê? Um rio, uma baía, um lago? Que te parece?
- Mas está na cara que é um rio.
- Certeza?
- Batata!
- Pois então vamos batizá-lo de Rio da Batata.
- Comandante, pelo amor de Deus, Comandante. A gente atravessa o oceano em busca de riquezas e damos de cara com o Rio da Batata? O que vão pensar de nós lá na Corte? Além do mais, se me permite, a batata só foi introduzida na Europa uns 60 ou 70 anos depois. Ninguém tem ideia do que seja uma batata!
- Bom, então o que você sugere?
- Olha, hoje é dia 2 de janeiro de 1502, certo?
- Precisa dizer o ano?
- Desculpe. E se a gente batizar esse rio como Rio de Janeiro?
- É original, sem dúvida. Então está decidido. Este será o Rio de Janeiro.

Na verdade, era a Baía da Guanabara.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

15
- Eminência, - perguntou um marujo a D. Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil, depois que o barco que os levaria de volta a Portugal naufragou na costa alagoana – o que Vossa Eminência acha que esses caetês que nos aprisionaram vão fazer?
- Não se preocupe. Eles já foram catequizados.
- Eminência, esses não. Esses aí são canibais!
- Eles não se atreveriam a comer um bispo!


16
- Meu caro Estácio - disse Mem de Sá pondo a mão no ombro de seu sobrinho – vamos ter que viajar para o Rio de Janeiro e...
- Oba! – exclamou o rapaz.
- ...e combater os franceses que lá se instalaram já faz anos. – acrescentou o tio, franzindo o cenho.

- Ahn – lamentou Estácio.

domingo, 25 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis


13
- Nóbrega, eu vou falar com ele. – disse, indignado, Anchieta.
- Não vai, não, José. O Ramalho é nosso aliado. Sem ele, estaríamos num mato sem cachorro, - respondeu, sorrindo, Manoel da Nóbrega, contente com sua piadinha.
- Mas é um bruto, Nóbrega! O homem anda pelado pra lá e pra cá, com as vergonhas todas de fora.
- Deixa. Os índios só não comem a gente por causa dele.
- Como assim?
- Você entendeu.

14
João Ramalho reuniu a família: a mulher Bartira e os filhos André, Joana, Margarida, Francisco, Victorio, Antônio, Marcos, Jordão, Antônia, Catarina e João Júnior.
- Amanhã cedinho Papai vai com o Brás Cubas, o governador da Capitania de São Vicente, atacar a aldeia dos tupinambás, para trazer alguns índios para nós. A gente está precisando de mão de obra aqui na vila.
- Cuidado, João, eu conheço bem esses índios. Os tupiniquins, os goitacás, os guaianases e, principalmente os tamoios são gente braba mesmo.
- Pode deixar. Essa tal de Confederação dos Tamoios que os índios montaram com os franceses lá pros lados do Rio de Janeiro não vai durar muito. Eu só tenho que me preocupar com esse tal de Villegaignon – o diabo é que eu nem sei pronunciar direito o nome do chefe deles.

- Vai com Tupã, João. Se agasalha bem.

sábado, 24 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Sugestão ao Angeli: Desenhar um cartum das cúpulas do Senado e da Câmara, substituindo-as por dois gigantescos penicos, o do Senado com a boca para baixo e outro – vocês sabem.
63.Esperança: Espero que muitos outros canalhas sejam também pizzolateados.

64.Deu na Folha (23/10/15): “A diretoria do Palmeiras decidiu diminuir o preço dos ingressos para o jogo contra o Sport, neste sábado, no Pacaembu, pelo Campeonato Brasileiro.” Eu também: se me pagarem duzentinho, eu vou.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

11
- Quem é você?
- Meu nome é João.
- João de quê?
- João Ramalho. E o seu?
- Meus homens me chamam de Tibiriçá.
- Tibiriçá de quê?


12
- Cacique Tibiriçá.
- Quié?
- Eu vim pedir a mão da sua filha.
- Como é que é? A mão? Só a mão?
- É modo de dizer.
- De dizer o quê?
- De dizer que eu quero casar com a sua filha.
- Qual delas?
- A Bartira.

-  Pode casar, mas tem que levar tudo: mão, pé e o resto.
PENSAMENTOS
62.Corte de Gastos: Numa primeira fase, a gente diminui o Bolsa. Na fase seguinte, a gente elimina a Família.
63.Pontaria: Ele acertou na mosca. O pernilongo, o borrachudo, a vespa e o aedes aegypti infelizmente conseguiram escapar.
64.Dilma afirma que não existe corrupção em seu governo. Das duas, uma: ou ela não sabe o que é corrupção ou não sabe o que é governo.

65.Para baixo todo santo ajuda: No momento, a economia desce a rampa em direção ao caos não com a ajuda do santo, mas do demônio, em forma de dilmas, cunhas e quejandos. Principalmente os quejandos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

9
- Meu caro Martim, - disse o rei, olhando fixamente para o mapa do Brasil. – Eu tive uma ideia.
- Certo, - respondeu Martim Afonso de Sousa.
Sua Alteza pegou uma régua e uma pena de ganso e explicou:
- Veja, - disse ele, traçando uma linha do norte ao sul do futuro país, - esta é a linha que divide as novas terras. Certo?
- Certo.
- Agora, se eu dividir esta parte aqui em vários pedaços, da costa até a linha de Tordesilhas, eu distribuo estas terras entre os nobres que vivem cá a me torrar a paciência no Paço e eles é que tratem de colonizar aquele fim do mundo. Que lhe parece, Martim?
- Certo. Quer dizer então que Sua Alteza vai entregar a nova colônia à iniciativa privada. É isso?
- Exatamente!
- Pode dar certo...
Não deu.

10
- Acho que aqui é um bom lugar. Não acha, Anchieta? No alto de uma colina, com bom rios à nossa volta...
- Para ser franco, meu caro Nóbrega, não me agrada. Isto aqui fica muito longe da costa. Sem falar nos índios.
- Mas não foi para isso que nós viemos, homem de Deus? Para catequizar os índios?

- Está bem, - disse o Padre José de Anchieta meio ressentido.  - Se você insiste, Nóbrega, seja feita a sua vontade. Mas eu tenho certeza de que esta vila de São Paulo não vai dar em nada. 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Pizzaria Brasília: Novo sabor (intragável): Meia Dilma, meia Cunha.
63.Palmeiras: Li nos jornais outro dia que o público chamou o técnico de burro. Grande injustiça. Burros são aqueles que vão ao estádio prestigiar um timinho ordinário como o nosso.
64.Contas: Parece que todos os políticos de Brasília têm contas na Suíça. E são contas conjuntas, tipo e/ou. Todo mundo junto e misturado, como no filme de Adam Sandler e Drew Barrymore.
65.Dilma enfática: “Não mexo no Levy nem que a vaca tussa.”
66.Perplexidade: Estou aturdido, pasmado – e por que não dizer? – estupefacto. Gente rica e poderosa indo em cana? E, mais do isso, permanecendo em cana?  Em 68 anos de vida nunca vi nada parecido.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

7

- Que dia é hoje, Pero? – perguntou Martim Afonso de Sousa.
- Sábado, Martim. – respondeu Pero Lopes de Souza.
- Dia do mês, quero saber.
- 22.
- 22 de janeiro de 1532...E o onomástico?
- Não sei o que é isso.
- Onomástico, Pero, onomástico. Você não sabe o que é onomástico? Onomástico é o dia do santo!
- Ah, Hoje é dia de São Vicente, Martim.
- Pois bem. Esta vila que estou fundando hoje – a primeira deste novo país! -  eu vou chamar de Vila de São Vicente.
- Bem bolado, Martim.

8
- Fernando – chamou Dom Manoel.
- Cá estou, Alteza – acudiu rapidamente Fernando de Noronha.
- Sabes aquelas ilhotas na costa norte do Brasil?
- Sim, já ouvi falar.
-  Queres-as pra ti?
- Claro, Alteza.
- Pois considera-as tuas.
- Não sei como agradecer. Obrigado, Alteza. Qualquer dia desses eu dou um pulo lá.

Nunca deu.

domingo, 18 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

6
- Olha, - disse um dos primeiros portugueses que aqui chegaram. – a terra é muito bonita, as mulheres então, meu Deus! -  mas cadê as especiarias?
- É verdade.  – respondeu seu companheiro. - Há muita fruta por aqui, mas não dá para levar fruta para Portugal. Onde estão as ervas aromáticas, a pimenta, o gengibre, o cravo...
- A canela, a noz moscada, o açafrão, o cardamomo...hm...que delícia!
- Ouro, prata, pedras preciosas, então, nem pensar.
- Nem pensar...A única coisa que presta, aparentemente, é essa madeira avermelhada que pode ser usada como corante de tecidos.
- Como os índios chamam essa madeira mesmo?
- Alguns chamam de ibirapitanga, outros de pau-brasil.
- Pau-brasil soa melhor.

sábado, 17 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis

3
No dia 26 de abril, domingo de Páscoa, Cabral mandou chamar frei Henrique de Coimbra, o capelão da frota.
- Frei Henrique, o senhor não acha uma boa ideia rezar uma missa hoje para a toda a marujada e também para os índios?
- Deus me livre e guarde!
- Por quê, homem de Deus?
- Mas será o Benedito que o senhor não reparou que esses índios, e principalmente essas índias, andam com as vergonhas de fora?
- E daí?
- Mas como é que eu posso me concentrar na Eucaristia com aquelas índias olhando para mim com um sorrisinho maroto?
- Já sei: o senhor celebra a missa de costas, olhando só para a cruz. As hóstias pode deixar que eu mesmo dou.


4
- Que tal, Comandante? Gostou da carta?
- Gostei, Caminha, gostei. Só o último parágrafo não me agradou. Esse negócio de pedir que Sua Alteza liberte o seu genro da cadeia não vai pegar bem.
- O pobrezinho já está preso há quatro anos, Comandante!

- Também pudera! Ele assaltou uma igreja e bateu no padre!  

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Diálogos Históricos Improváveis
À guisa de explicação: Os diálogos que se seguem não são improváveis porque dificilmente ocorreram., mas porque não é possível comprová-los. Mas que eles ocorreram, acorreram.

1
No meio do oceano, Nicolau Coelho, capitão que já havia viajado com Vasco da Gama à Índia, se volta para Cabral:
- Alguma coisa me diz que a gente devia dobrar à direita para chegar às Índias, Comandante.
- Que nada, Nicolau. Vai por mim. Indo sempre reto dentro em breve estaremos em Calcutá.

2
Uma vez em solo que mais tarde viria a ser a Bahia, Cabral anunciou à tripulação que iria dar o nome de Ilha de Vera Cruz àquele local.
- Comandante, - disse Américo Vespúcio, o famoso piloto italiano que por duas vezes já estivera em solo americano, - o senhor tem certeza de que isto aqui é uma ilha?
- Certeza, certeza, eu não tenho. Mas, que diabo, se não for uma ilha, o que será?
- Acho mais prudente, Comandante, chamar isso de Terra. Terra de Vera Cruz. Que lhe parece?
Cabral, para não dar totalmente o braço a torcer, concorda, mas só em parte:

- Está bem. Vamos chamar isto de Terra. Mas Terra de Santa Cruz, não Vera Cruz!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Diálogos improváveis da nossa história

Em 1494, seis anos antes do descobrimento, houve o famoso Tratado de Tordesilhas, que nunca foi levado muito a sério.
- Vamos fazer o seguinte, João, - disse Isabel I, rainha da Espanha e esposa de D. Fernando de Aragão: a gente vai até Tordesilhas, que é aqui pertinho, e assinamos um tratado.
- Que tratado? – indagou desconfiado o rei de Portugal, D. João.
- O Tratado de Tordesilhas, é óbvio. – respondeu o soberano espanhol.
- Não foi isso que eu perguntei, Fernando.
- Deixa que eu explico, querido, - interveio a Rainha Católica. – A gente traça uma linha reta a, digamos, 350, 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
- Prefiro 370.
- Que seja: 370. Todas as terras a leste dessa linha pertencerão a Portugal. O que estiver a oeste será da Espanha. Que tal?
- Hm...parece razoável...Mas não sei, não. A gente não sabe exatamente o tamanho do mundo...Vai que do lado de lá os navegantes descobrem mais terras do que do lado de cá...Como é que fica Portugal nessa história?

- É um risco, João. Já pensou o contrário? Aí vai ser a Espanha que fica, literalmente, a ver navios, - disse Isabel dando uma risadinha, secretamente orgulhosa de sua metáfora.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

62.Novelas: De todas as novelas que eu não vi, a minha preferida é ‘A Agonia de Dilma’. Dessa, eu não perco um capítulo.
63.Contradição: Na política, não existe nada politicamente correto.
64.Justiça brasileira: Que tal inserir no novo Código Penal o seguinte artigo: Os crimes de homicídio, latrocínio, estupro e sequestro são imprescritíveis, a menos que tenham sido cometidos há mais de 6 (seis) meses, a contar da data da prisão em flagrante.  

65.Deu no Estadão: “Decreto fixa limite de gastos com celular para ministros e comandantes militares.” E aí eu pergunto: que merda é essa? Eles é que paguem de seus próprios bolsos, seus enormes bolsos, seus malcheirosos bolsos!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Conversinha:
Otimista: Amanhã será um novo dia!
Pessimista: Pois é...
63.Prioridades: O Brasil pode se orgulhar de ser um dos poucos países em que as prioridades não raro se tornam secundárias.
64.Loucura: Não há presidente, primeiro ministro, chanceler ou ditador que não seja doido de pedra. A sanidade mental não combina com o cargo.
65.Desesperança: Cada vez que morre um palestino ou um israelense naqueles estúpidos conflitos no Oriente Médio, diminui minha esperança no ser humano.
66.Objetividade: Assim não dá. Quem é que aguenta uma coisa dessas? É preciso fazer alguma coisa. Até quando toleraremos uma situação dessas? Será que estamos destinados a sempre empurrar os problemas com a barriga. Há que se dar um basta a isso tudo! Bem, é isso o que eu tinha a dizer. O resto é com vocês.
67.Celebridades brasileiras: O triunfo da mediocridade.
68.Vento: Os políticos são como la donna de Verdi: sono mobili qual piuma al vento.

69.Abdômens: Uns se matam para ter uma barriga tanquinho. Há muito eu desisti disso. Agora ando com uma lavadora de roupas de 11 quilos acoplada à cintura.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Contas: Com tantas contas secretas abertas com dinheiro sujo, mantidas e acobertadas por bancos idem, fica difícil não chamar a Suíça de ‘a Máfia dos Alpes.’
63.Centro: Depois de passar a vida toda contemplando o meu próprio umbigo, posso assegurar que ele não é o centro do universo.
64.Câncer: A chamada pílula contra o câncer, feita à base de fosfoetanolamina sintética, é produzida pela USP, porém em quantidade insuficiente para suprir a demanda. Por isso, há que se fazer uma escala de prioridades: primeiro, para os políticos e seus familiares; segundo para juízes e demais autoridades; o que sobrar vai para o público em geral. Os interessados, munidos de RG, CPF, comprovação de residência e três laudos médicos atestados pelo SUS, receberão uma senha e serão chamados o mais brevemente possível. 
65.Curiosidade: O que será que o Tiririca pensa sobre o Orçamento de 2016? Ou sobre qualquer outra coisa?
66.Militares e religião: O tal padre-coronel que desviava dinheiro dos fiéis deveria, além das punições cabíveis, ser rebaixado a coroinha e soldado raso.
67.Deu no Estadão (12/10/15): “A cada 48 horas, uma mulher se queixa de assédio sexual nos trens de São Paulo.” E poderia ser bem pior se os trens fossem mais pontuais.
68.Cerco: Cercada pelo TCU, pelo TSE e pelo Congresso, a presidente deve estar se sentindo como Lampião em Angicos. Espero que seu fim não seja o mesmo.

69.Acusações: Para os que acusam a mulher do Cunha de gastar horrores em cursos de tênis nos Estados Unidos, eu pergunto: existe alguma academia de tênis de qualidade no Rio de Janeiro? 

domingo, 11 de outubro de 2015

EDIÇÃO DE DOMINGO
62.Dilma: Inocente útil ou culpada inútil?
63.Ossos: Ninguém até agora em Brasilia teve a nobreza de largar o osso. Mas pode-se pedir nobreza de cães?
64.Pedaladas: Pedalar é preciso; governar, só em último caso.
65.Crise nas agências de viagens: Agora existem planos baratíssimos de pacotes de viagem só com a passagem de ida.
66.Cunha e suas contas: Não é para me vangloriar, mas aquelas gravatas de cores berrantes e de péssimo gosto, nunca me enganaram.
67.Dia da Criança: Neste Dia da Criança, dê uma criança para uma família amorosa e abastada.
68.Fastio: Impeachment, Lava Jato, Petrobras, propinas...Meu Deus, não aguento mais ouvir falar disso. Por que não mudar de assunto e falar nas chacinas de jovens na periferia?
69.Ponto de vista: Observando aqui de São Paulo, dá pra dizer que Pimentel no olho dos outros não arde. Já em Minas...

70.Eleições: Para as próximas eleições, estou pensando em entrar em algum partido – qualquer um serve – e me candidatar a desprefeito. A julgar por São Paulo, é perfeitamente possível administrar uma cidade sem fazer absolutamente nada.  

sábado, 10 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Novidade na indústria farmacêutica: Acaba de ser lançado um novo medicamento contra a hipocondria.
63.Lembrete à presidente: Fausto vendeu a alma ao diabo só uma vez. O segundo e o terceiro escalões ele dispensou.
64.Placa afixada na porta do gabinete de cada ministro: ‘Vendem-se frutas, legumes e cargos.’
65.Quem pode e quem não pode cassar: O TSE sozinho não pode; o TCU isoladamente não pode; o Congresso também não. Agora, com uma ajudazinha do povão na rua, aí todos podem.
66.Limite ilimitado: “Não”, disse o sacripanta. “Que eu saiba, não tenho nenhuma conta no exterior. Pelo menos, nunca ninguém me comunicou isso. Sinceramente, não lembro. Consequentemente, não estou à disposição da justiça para prestar qualquer esclarecimento. Vocês da imprensa, que vão para o diabo que os carregue.”

67.Enquete: Responda rápido (antes de vomitar): O que lhe causa mais indignação, a política ou a justiça?

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Incompetência: Num mesmo dia, o governo conseguiu dar um tiro no pé e o tiro ainda saiu pela culatra.
63.Boatos: Rumores de que pretendem promover o impeachment do Dunga são totalmente infundados. Agora, se o Brasil perder da Venezuela, não sei não...

64.Dize-me com quem andas: A presidente viajou para a Colômbia com empresários brasileiros da OAS, Odebrecht e Camargo Corrêa – os que ainda estão soltos, é claro.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Pobrezinha: Estão fazendo a mulher de gato e sapato, tênis, chinelo, sandália, alpercata, bota e scarpin.
63.Radicalismo: Com tantos alimentos que combatem os radicais livres, não entendo como eles continuam soltos.
64.Mediocridade: Por mais que eu me esforce para ser medíocre, até agora não consegui ficar rico e famoso.
65.Fidelidade: “Em matéria de fidelidade partidária, somos todos cornos”, admitiu o líder da bancada.
66.Promoção (só até sábado!): Entrada franca com 20% de desconto.
67.São Tomé: Esse negócio de neutrino – eu só acredito vendo.
68.Pizzolato: Mudei de opinião. Agora eu acho que o Pizzolato merece permanecer na Itália. Quem tem que ser mandado para o Brasil sob vara são aqueles juízes mequetrefes. porca miseria!
69.Física: O foguete sobe, certo? Mas a tendência é de queda. Tal como a inflação.

70.Perdão: Com perdão da má palavra, parece que desta vez mandaram a presidente tomar no TCU.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

PENSAMENTOS
62.Segredos: Os documentos relativos a problemas no transporte público de São Paulo só serão revelados daqui a 25 anos. Quer dizer o seguinte: o camarada está na plataforma de uma estação de metrô e o bicho não vem. Para saber o que houve, ele vai ter de esperar 25 anos. Ele pode ir para casa ou esperar lá mesmo. Sempre tem umas cadeiras nas estações.
63.Variações em torno de poços:
a)   Poço da Credulidade: Você faz um desejo, joga uma moedinha e uma vozinha lá do fundo diz: Trouxa!
b)  Poço da Baixeza: Você joga uma moeda e espera ouvir um barulhinho, que lhe vai indicar o fundo do poço. A moedinha cai, cai, cai e nada do barulhinho. A baixeza não tem fundo.
c)   Poço da Honestidade: Seco. Nem adianta jogar moeda.
64.Escrúpulo moral: Artigo tão escasso hoje em dia que quem tem algum pode vender e faturar uma nota preta.
65.Conduta: A Via Conduta está em obras e só resta ao governo apelar para um desvio de conduta.
66.Mentes: Como politicamente, economicamente, socialmente, estrategicamente, a presidente não apita nada, a imprensa deveria esquecê-la e focar quem de fato governa este país: Lula e mais três ou quatro ministros.
67.Desconfiança: Por mais arisco e desconfiado que o Saci Pererê seja, ele não pode se dar ao luxo de enxergar tudo com um pé atrás, senão ele cai.
68.Blocos: Estados Unidos, Japão e mais dez países vão formar um bloco econômico de tirar o chapéu. Barack Obama consultou a Dilma várias vezes, uma vez que sua expertise em economia levou-a até a dar conselhos para Angela Merkel.

69.Semelhança: Às vezes eu acho que Luís Inácio Adams, o Advogado Geral da União, tem o mesmo olhar do Cadu, o assassino do cartunista Glauco.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

PENSAMENTOS

62.Rede: Quantos já serão os rede-sustentabilidadistas que se filiaram ao novo partido criado pela Marina Silva?
63.Detalhes: O Palmeiras tem tudo para se tornar campeão: estádio moderno, uniformes vistosos, presidente arrojado e técnico competente. Só falta o time.
64.Símios: O macaco-prego tem esse nome porque existe água em Marte. Isto faz sentido para você? E a Dilma, faz?
65.Crise: A despeito de todos os problemas que o país enfrenta, é imprescindível que não percamos a a confiança que o governo inspira. Eu, por exemplo, estou disposto a investir até 3 bilhões de dólares na Petrobras. Quando arranjar o dinheiro, é claro.
66.Quarta-feira de cinzas: Amanhã o TCU julgará as pedaladas fecais do governo federal.
67.Depressão: Não aguento mais. Não vejo a hora de o Sol esfriar e a vida se extinguir na face da Terra.
68.Perdão: Conflitos no Oriente Médio, refugiados tentando entrar na Europa na marra, narcotráfico, corrupção, devastação da natureza, violência urbana etc. etc. etc. A gente devia pedir desculpas aos filhos por tê-los gerado.
69.Variações em torno de Pessoa:
a)   Corromper é preciso; viver não é preciso.
b)  Mentir é preciso; viver não é preciso.
c)   Enganar é preciso; viver não é preciso.
d)  Dissimular é preciso; viver não é preciso.
e)   Roubar é preciso; viver não é preciso.
f)    E por aí vai.

70.Deu na Folha (5/10): “Metade do país acha que ‘bandido bom é bandido morto’.” Já a outra metade considera que bandido morto é bandido bom.