sábado, 19 de março de 2016

Professor, o senhor acredita em Deus?



Para ensinar a diferença entre believe Ø e believe in, é necessário dar alguns exemplos. Aí é que a porca torce o rabo. Peço vênia para usar esta metáfora rural, tão exótica e inexplicável para mim, nascido e criado que fui em Pinheiros, em rua de terra asfaltada quando eu tinha seis anos. Nada entendo de porcas nem de rabos. Minha praia é (ou era) inglês.
O rabo da porca


But I digress. Voltemos ao believe Ø e believe in. Believe (sem a preposição in) significa aceitar que o que a pessoa está dizendo é verdade. Ex.: You don’t believe me? You think I’m lying to you? My God, I don’t believe it.

believe in são outros five hundred. Believe in significa ter fé em algo ou alguém, depositar confiança em alguém, acreditar na existência de algo. Ex.: I don’t believe in ghosts. Do you?

Voltemos à porca: e se um aluno pergunta Do you believe in God?, o que você responde? Se acredita, você diz sim e segue a aula, sem espantos nem protestos.

Mas se você não acredita, a resposta negativa pode deixar alguns alunos frustrados, irritados ou, no mínimo, espantados. Já aconteceu comigo. Se o diálogo prosseguir com a pergunta seguinte: Why not?, sua resposta, seja ela qual for, não será satisfatória. Por quê? Porque não.

Desta maneira, a saída pela tangente (outra metáfora que eu uso sem ter ideia do que seja uma tangente), parece ser dizer que você é agnóstico. É uma resposta elegante, sofisticada e você não se compromete. Entendeu, seu ateu de uma figa?
A tangente tá com cara de ser a linha verde (D-B)


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