508. Dieta poderosa: A presidente emagrece e a economia idem.

509. Reforma política: Serviu (e muito) para não mudar nada.

510. Dúvida atroz: A pronúncia certa é cânabis ou canábis?

511. Falta de respeito: Os jornais registram sem pudor a expressão ‘bosta seca’. Proponho, em nome do que resta de decência nos meios de comunicação, ‘bosta desidratada’. 

398. Curiosidade: Com tanta bandalheira na casa dos milhões, pergunto: que fim levou o modesto ladrão de galinha?

399. Revolução: Nenhuma revolução acaba bem, mas o começo...Que maravilha!

400. Lucro: Greve daqui, greve dali, greve em toda parte. Já pensou em quanto o país lucraria se os políticos calassem a boca,  cruzassem os braços  e entrassem em greve?

401. Incompatibilidade: Há um abismo separando o que o Brasil precisa do que o Congresso quer.

67. O FBI revela: Blatter torce para o Arapiraca.

68. Erro: “Apoiar o impeachment é um erro craço,” declarou o deputado pé-de-chinelo.

69. Posicionamento: Segundo um levantamento informal feito na Câmara dos Deputados, 74% dos congressistas não fazem ideia do que estão votando.

70. Fator previdenciário:

- Esse tal de fator aí é bom ou não é bom?

- Pra quem? Pra nós ou pros aposentados?

71. Traffic: Uma empresa com esse nome pode ser honesta?

72. Santa Ifigênia: Lá você encontra uma tornozeleira eletrônica 30% mais barata.

73. Igualdade: Todos são iguais perante a lei, dependendo da lei, é claro.

74. Diálogo na CBF:

- Seu vigarista de merda!

- De merda, não!

1239. Espanto: Como nadam bem os corruptos no mar de lama!

1240. Alerta: Com normas mais rígidas para a concessão de pensão por morte, convém ficar esperto e só morrer em último caso.

1241. Aliteração: A Fifa, tão fofa, ferrou o futebol. Fuck you, Fifa!

1242. Decência: Cada dia que passa, a decência se altera, com viés de baixa.

1243. Escândalo na Fifa: O Marin pinta o cabelo.

1244. Eu sabia: Este escândalo da Fifa mostra porque o Brasil perdeu a Copa de 50 no Maracanã.

235.  Momento: Chega um dia que a vida começa a encher o saco. Os problemas, os temores, as frustrações vêm a galope e aí é difícil tocar o barco. Nesses momentos, a saída, a única saída é tomar um sorvete. 

236. Da série Perguntar Não Ofende: Se um cara ganha cem mil reais por mês, por que roubar?

237. O verbo dar e suas várias acepções: Sabe lá o que é viver num país onde a polícia dá medo, a política dá nojo e a justiça dá raiva?

238. Palavra: Não é verdade que os políticos não cumprem suas promessas de campanha. O que acontece é que, uma vez eleitos, eles mudam de ideia.

901. Gosto não se discute: Para uma operação que se denomina ‘lava jato’, a lavagem, para o meu gosto, está muito lenta.

902. BNDES: Banco Nacional de Escândalos Secretos.

903. Ô meu: Nada de pensar no país. O negócio é pensar sempre em si mesmo e, se der, no partido. O resto que se dane.

904. Petrobras: Optou pelo inverso da Lei de Gerson: levar desvantagem em tudo.

905. Saúde: Política faz mal à saúde. Dos políticos, do povo que os elegeu e do país em que eles nasceram.

906. Pessimismo: Um dia nada disso vai importar. Dê ao ‘isso’ o significado que quiser.

907. R.I.P. [Descanse em paz, para quem não tem intimidade com o latim (Resquiescat in pacem)  ou com o inglês (Rest in peace)]: No cemitério da MPB, repousam os restos imortais do choro, da modinha e da bossa nova. De vez em quando, o rock, o funk, o sertanejo e o rap dão uma passadinha por lá, só matar a saudade.

908. Manchete: Não sei por quê nenhum jornal ainda não estampou na primeira página o seguinte: O Brasil Faliu.

909. Convite: Não deixem de colorir meu blog.

574. Exceção: Ontem o dia passou sem nenhum novo escândalo. Estranhei muito.

575. Deu no Estadão (25/5/15):  “Se a Seleção Brasileira é a pátria de chuteiras, a Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo.” (Dilma): E eu que sempre achei que o que Nelson Rodrigues chamava de ‘pátria de chuteiras’ era o Brasil e não a Seleção.

576. Defesa: Para defender-se da acusação de ter 50% de uma conta secreta no exterior, o ex-ministro estuda processar o seu sócio, detentor dos outros 50.

577. Sugestão: Que tal transformar todas as ruas em ciclorruas?  

568. Desejo: Espero que quando o Alzheimer chegar eu já esteja morto.

569. Indignação: Eu não entendo por que o Conar não veta toda e qualquer propaganda política. Impossível anunciar produto mais falso do que o seu desejo de melhorar o país.

570. Lampião: O porta-voz do bando de Lampião esclareceu que todas as ‘doações’ recebidas foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral, exatamente como as de Dilma e Beto Richa.

31. Paulista: Foi preso à luz do dia, em plena Avenida Paulista, um vendedor ambulante de frutas. Cercado por policiais, o meliante não ofereceu resistência. Em seu poder, foram encontradas quatro caixas de caqui, várias pencas de bananas e uma dúzia de goiabas.

32. Sem teto: Deitados ao longo da avenida, passando um frio danado, os sem-teto exercem o seu direito constitucional de não ir nem vir, só ficar.

33. CPI: Surgiu a hipótese de que o finado parlamentar esteja vivo dentro do caixão em que foi enterrado. Daí a necessidade - ou pelo menos a curiosidade – de exumá-lo.

34. Filme noir: Por definição, um filme noir não pode ser colorido. Tem de ser necessariamente em preto e branco. Se possível, só preto.

35. Vacas: Estamos no tempo das vacas magras. Não é à toa que elas tussam sem parar.

36. Virtude: A primeira virtude de um político tem de ser o cuidado com as palavras, para que não deixe escapar nenhuma verdade.  

37. Piada retroativa: “O PT não rouba e não deixa roubar.” (Zé Dirceu)

38. Nunca antes: Nunca antes neste país se falou tanto ‘nunca antes neste país’. Eu estou de saco cheio.

39. Latim para iniciantes: Dura lex sed merdex.

26. Proselitismo: Acusado de proselitismo, o deputado defendeu-se indignado: “Em toda minha vida, nunca fui prosélito. Aliás, nem sei se a palavra existe.”

27. Operação Lava Jato: Na fábula do Leão, ele ficava com tudo. Lobão, mais modesto, abocanhava apenas metade.

28. Decoro: O STF deveria declarar o Congresso inconstitucional, uma vez que falta a todos os congressistas um mínimo de decoro parlamentar.

29. Justiça: Buscar a justiça dentro dos estritos limites da lei é a maneira mais segura e lenta para alcançá-la.

30. Deu no Estadão (21/5/15): “Para Beltrame, morte de ciclista é 'inadmissível'” Assim sendo, uma vez que não admitimos que o ciclista tenha morrido, fica decidido que ele não morreu. 

20. Protesto: O embaixador do Irã apresentou um protesto formal junto ao governo brasileiro pela comparação injusta e preconceituosa entre um mercado persa e a atual antessala do ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

21. Reforma política: “Faz-se absolutamente necessária uma reforma política. Não achas, padre?” disse o Governador-Geral Tomé de Souza ao Padre Manoel da Nóbrega em 1549. “Ah, com certeza, Senhor. Semana que vem, sem falta, vamos cuidar disso.” 

22. 2016: O governo vai editar uma Medida Provisória, estabelecendo que o ano de 2016 terá início em 1º de junho deste ano, uma vez ninguém aguenta mais 2015.

23. Panorama político: Diante de tantos boçais comandando os destinos do país, meu coração balança entre Campos Salles e Epitácio Pessoa.

24. Coerência: Falta coerência nas traições do Congresso. Por isso é que é tão difícil chegar a um dissenso.

25. Deu na Folha (20/5): “Faixa para patos ao longo de canais movimentados.” Mais uma ideia para a prefeitura de São Paulo.

16. Morte: Ninguém dá mais valor à vida do que um moribundo.

17. Mitologia grega: Entre políticos, o Pomo da Discórdia gira quase sempre em torno do “quanto é o meu?”.

18. Fé: Não me leve a mal, mas para mim, pata de coelho, acupuntura e medalhinha de São Não-Sei-O-Quê é tudo a mesma coisa. Resolvem tanto quanto ramo de arruda.

19. MMA: É claro que ele perdeu. Ele deu o braço a torcer.

9. Necessidade: ‘Temos de combater com todas as forças a delação premiada. Vai que o cara diz a verdade, como é que fica?’ observou um político da situação.

10. Prazeres: O maior prazer de adquirir um quadro que vale milhões de dólares não é poder contemplá-lo. É poder adquiri-lo.

11. Questão de fé: Placebo também cura, se você tiver fé. Muita fé.

12. Momento político: Se o bicho ficar, a Dilma corre. Se o bicho pegar, a Dilma fica. Obviamente.

13. Ovos: Não se faz omelete sem quebrar os ovos. Mas é perfeitamente possível quebrar os ovos e não fazer omelete, o que não significa absolutamente nada.

14. Deu na Folha (18/5/15): “A imagem mítica do brasileiro simpático só existe no samba.” Em outras palavras: o brasileiro cordial de Sérgio Buarque de Holanda está de saco cheio.

15. Algoritmo: Além de não ter a menor ideia do que isso significa, eu nem sei pronunciar a palavra: o R de algoritmo soa como o R de ‘caro’ ou o R de ‘bezerro’?

1. Sintoma: Há sinal mais sintomático do emburrecimento galopante do ‘homem moderno’ do que a popularidade dos livros para colorir?

2. Fim da esperança: Quando os livros para colorir se tornam best-sellers, não há mais esperança para a cultura.

3. Trabalho intelectual: ‘Comecei a escrever um livro para colorir e já estou no terceiro capítulo,’ disse o renomado autor.

4. Perguntar não ofende: Eu fui aluno do Goffredo na São Francisco. Tirando as mesmíssimas aulas, ministradas com as mesmíssimas palavras durante décadas, que mais fez o Mestre, além da Carta lida na Faculdade?

5. Joias: Brincos ou colares de ouro ou de brilhante não tornam a mulher mais bela. Tornam-na mais elegante, talvez; mais sofisticada, quem sabe; mas rica, com certeza. Não mais bela. Se assim não fosse, a rainha da Inglaterra...

6. Aparências: A corrupção pode parecer, mas não é necessariamente hereditária.

7. Errata em inglês: Onde se lê ‘o futuro a Deus pertence’, leia-se ‘fuck the future’.

8. Imortal Millôr: O Millôr certa vez escreveu que, depois da 3ª Guerra Mundial, o país mais poderoso do mundo seria o Paraguai, porque ninguém se lembraria de jogar uma bomba lá. Depois que uma menina de dez anos foi estuprada, está grávida e as autoridades não permitem que ela faça o aborto, acho que, em caso de guerra nuclear, vão se lembrar do tal país. Eu me lembraria.

6.983. No fundo: No fundo, no fundo, tanto faz. Fachin, Garfin, Colherin...São todos talheres do mesmo faqueiro.

6.984. Enfado: Está na hora de explodir um novo escândalo. Esse Lava Jato já encheu.

6.985. A prova: Que o ser humano é uma besta quadrada todo mundo sabe. Se alguém precisar de alguma prova, basta constatar a incapacidade de israelenses e palestinos de viverem em paz.

6.985. Desencanto: No fim e ao cabo, o que resta da vida? Pouco, muito pouco.

6.986. Contribuição: A melhor coisa que os velhos podemos fazer para quebrar o galho do fator previdenciário é morrer.

6.987. Futuro: Quando a gente pensa que o futuro já vai chegar,  eis que ele salta para um tempo mais distante. Em outras palavras, o futuro não existe.

41. Parodiando Fernando Pessoa:

Nada há que a pena valha,

Se a alma é de um canalha.

42. Good old times: Houve um tempo, não muito longínquo, em que a política do ‘toma lá dá cá’ era velada, disfarçada e até mesmo negada. ‘Que é isso? Não, senhor. Aqui a honradez está acima de tudo!’ Sei. Agora, a coisa é feita às claras, sim, senhor. ‘O meu voto vale uma diretoria de estatal, mas uma ponte sobre um rio que não existe lá na minha região. Se não der, eu voto com a oposição. Certo?’ Certíssimo.

43. Direito: E o juiz que mandou soltar um bando de criminosos com base nas decisões canhestras do STF? Ele está coberto de razão: praticamente todos os bandidos que estão presos deveriam ser soltos, com exceção de um ou outro ladrão de galinha.

36. Respeito: Para preservar a saúde mental das crianças, o noticiário político na televisão só deveria ser exibido após as 22h.

37. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mateus 5:3): Todos os políticos brasileiros, quando morrerem – se Deus quiser – vão direto para o céu, pois são pobres, paupérrimos de espírito. Velhacos, porém pobres de espírito. De espírito, porque de dinheiro...

38. Excrecência: Taí uma bela palavra, mas difícil de usar numa sentença. Que tal esta: na política brasileira, os políticos são uma excrecência.

39. Escárnio: A condenada a 18 anos de cadeia, sorri, canta e mostra a bunda na CPI. Ela acredita que vai mesmo cumprir a pena que lhe foi imposta por corrupção?

40. De cabo a rabo: Essa é uma expressão que eu, por pudor, sempre evito usar.

31. O que os olhos não veem o coração não sente: Nestes casos, convém consultar um oftalmologista ou um cardiologista, Quem sabe, os dois.

32. Quanto pior, melhor: Para quem pensa assim, o país está cada vez melhor.

33. Pessimismo: Acho que o país não vai conseguir escapar desse governo com vida.

34. Metáfora: “Palavras ao vento”. Isso já era. O vento não carrega mais as palavras. Quem faz isso hoje em dia é o WhatsApp.

35. Alexandre Dumas: Se Os Três Mosqueteiros fosse escrito hoje, seus nomes seriam Athos Falhos, Porthos Superfaturados e Aramis Farpados. D’Artagnan conservaria o mesmo nome, grafado Dartanhã.

584.Entreouvido no Congresso:     

- Canalha!

- Canalha é Vossa Excelência!

- É a Vossa!

- Vossa o quê? Vossa o quê?

- Vossa Excelência

- Ah bom...Tudo, menos xingar a mãe.

585. Suspiro: Ah Bin Laden, Bin Laden! Se em vez das Torres Gêmeas, você tivesse escolhido o Congresso Nacional...

586. Utilidade: Poucas profissões são mais inúteis do que comentarista de futebol.

587. Etimologia: Vamos deixar bem claro: privatizar não significa matar alguém com uma privadada na cabeça. Da mesma maneira, banalizar não quer dizer atirar bananas em jogadores de futebol. E outra coisa: vandalizar não tem nada a ver com batizar a filha com o nome de Vanda.

2901. A exceção que prova a regra: Em política, não há. São todos corruptos. Sem exceção.

2902. Arbrave: Acrônimo de Argentina, Brasil e Venezuela, o grupo dos países submergentes.

2903. Machado: O próximo livro do Mestre a ser “simplificado” será Memórias de Brás Cubas depois de morto.

2904. Não é por nada, não: É isso aí. Não é por nada, não, que certos políticos apoiam determinados projetos. É por uma grana preta mesmo.

2905. Futebol: Já temos o circenses, só falta o panis.

2906. Injustiça: Se soltaram tanto safado da Lava Jato, pergunto: até quando vão manter o Fernandinho Beira-Mar atrás das grades?

61. O império da lei: Ninguém está acima da lei. Do lado, tá assim de gente.

62. Matemática: Na Petrobras, os únicos cálculos confiáveis são os cálculos nos rins.

63. Greve: Com tanta greve no pedaço, tem grevista reclamando da falta de espaço, com palavras de ordem se misturando em meio a tantos protestos. A prefeitura prometeu construir um grevódromo, que não vai rolar, porque ninguém consegue pronunciar essa palavra direito. ‘Passarela da greve’ é mais fácil.

64. Não é por nada, não: É isso aí. Não é por nada, não, que certos políticos apoiam determinados projetos. É por uma grana preta mesmo.

65. Dúvida: “Tem certeza?” “Acho que sim.”

8745. Confiança: “Decidimos dar um voto de confiança...” Mentira: no Congresso, ninguém dá voto de confiança. Vende.

8746. Homenagem: A PEC da bengala é uma homenagem ao ministro Celso de Mello, que já há algum tempo vem usando uma.

8747. A Justiça não se cansa de nos dar alegria: Todo dia algum juiz ou tribunal manda soltar algum canalha.

8748. Esmagamentos: A esmagadora maioria votou ‘sim’. A minoria esmagada protestou.

8749. Deu no Estadão (7/5/15): ‘Petrobrás cai de 30º para 416º colocação.’ Até a Portuguesa de Desportos está melhor.

8750. Nem preposição resiste: No começo era ‘Lava a Jato’, como manda a boa gramática. Mas alguém roubou a preposição. Agora é ‘Lava Jato’, sem “a”.

8751. O Brasil é forte: Nada derruba a corrupção. Em compensação, a corrupção tampouco derruba o Brasil.

8752. Comunicado: O Palácio do Planalto divulgou uma nota, avisando que a presidente não vai participar na sexta-feira da cerimônia anual em comemoração ao final da II Guerra no Rio de Janeiro. Nesse dia ela estará ocupada fazendo um bolo que lhe ensinaram.

8752. Diálogo:

- Luiz, tem um pessoal batendo panela aí no portão da Bastilha.

- Se preocupa não, Antonieta. Isso não dá em nada.

8753. Explicação: Eu apoio o governo, mas sou contra, entende?

387. Emmental: Se é verdade que o Brasil é um queijo suíço e os corruptos é que o comem aos poucos, então, meus caros, já não existe mais queijo. É só casca.

388. Risco: Sem querer generalizar, eu diria que hoje em dia todo bebê saudável que nasce corre o risco de viver.

389. Crença: A maioria das tolices que a presidente diz começa com “Eu acredito que...” Pode reparar.

340. Ajuste: Fala-se muito em ajuste fiscal. Mas o ajuste que eu quero ver é o ajuste de contas do povo em relação ao governo.

341. Quem diria: O Lula agora passou para a oposição.

342. Pronunciamentos: No próximo, enquanto algum ministro discursa, a presidente vai passar discretamente diante das câmeras sem dizer nada. Estilo Hitchcock. Ideia do marqueteiro.

381. Apertem os cintos: a presidente sumiu.

382. O PT comemora: O panelaço de ontem (5/5/15), mesmo nos bairros mais coxinhas, ficou longe dos 120 decibéis, que é a intensidade de um motor a jato. Eu disse jato, não Lava Jato.

383. Deu na Folha (5/5/15): Reduzir a maioridade penal não resolve criminalidade, dizem especialistas. Como do jeito que está também não resolve, proponho distribuir flores a cada menor apreendido e depois liberá-lo com um tapinha na mão. Também não resolve o problema, mas é mais barato e fica simpático.

384.  Próximo: No próximo pronunciamento, a presidente falará diante das câmeras, mas por trás de um biombo.

385. Planos: Os diversos grupos sociais estão se organizando para propor, caso a presidente ouse no futuro discursar em público, que os manifestantes deem uma panelada na cabeça do político mais próximo, independentemente do partido a que pertença.

386. O homem da lanterna: Diógenes, o filósofo grego, andava pelas ruas de Atenas com uma lanterna acesa em plena luz do dia ‘à procura do homem’. Eu também, ainda que sem lanterna, vivo à espera de uma pessoa, uma só entre 200 milhões de brasileiros, que se disponha a governar o país com honestidade e competência. Tá dificil. 

1227. Desafio: Quero ver algum comentarista esportivo conseguir fazer um parágrafo sem dizer “ocupar os espaços”, “chamar a responsabilidade” (com ou sem crase) e “valorizar a posse de bola”.

1228. Imbecil: “Mas ser ou não ser o quê?” perguntou a anta, sentada na plateia de Hamlet.

1229. Susto: Imagine o susto do Faraó quando, ao iniciar sua viagem rumo à eternidade, deu de cara com São Pedro no portão, e não com Osíris no trono.

1230. Religião: Use com moderação.

1231. Deuses: O monoteísmo nasceu por uma questão de economia. Sai muito caro adorar mais de um Deus.

1232. São Francisco de Assis: Será que o vírus da dengue também é filho de Deus?

1233. Gatos: No escuro todos os gatos são pardos, menos o meu, que é um angorá branco. Lindo.

1234. Chato: Se é verdade que todo governo é o espelho do povo, a gente, quando se olha nele, suspira: “Nossa, como eu sou feio!”

1235. CPI: De um lado, um bandido; de outro, um bando de energúmenos, cuja desonestidade intelectual só é ofuscada pela pobreza gramatical. São tão patéticos e despreparados (apesar dos 500 aspones à sua disposição) que a gente quase que torce para o bandido. 

395. Esperança: Essa não morre nunca. Eu ainda acho que o Brasil vai ganhar a Copa de 50.

396. Todo cuidado é pouco: A dengue é altamente contagiosa. Já infectou milhões e milhões de mosquitos.

397. Imagem: Uma boa maneira de manter a imagem é quebrar o espelho.

398. Decisões: Depois de decidir não discursar em rede nacional no Dia do Trabalho e não participar da gravação do programa nacional do PT, a presidente também decidiu não dar bom dia a ninguém no Palácio do Planalto.

399. Slogans: O ‘Brasil, Pátria Educadora’ já foi para o espaço. Vamos agora experimentar o ‘Brasil, Pátria Medicadora’. Se também não der certo, a gente ainda tem o ‘Brasil, Pátria Advogadora’.

400. Espécie: Num país com leis de merda (1/6 de tempo, réu primário, bom comportamento, visitas íntimas, cestas básicas em lugar do cumprimento da pena, 480 recursos e embargos) e de juízes idem, causa espécie saber que ainda haja presos nas cadeias.

401: Deu na Folha (5/5): ‘Tudo está aberto ao diálogo’, afirma ministro Edinho Silva sobre ajuste fiscal; ‘Não há mais espaço para negociação’, diz líder do governo José Guimarães sobre ajuste fiscal.  Entendi.

402. Delatores e delatados: Você prefere quem?

297. Imprevisível: As chuvas que caem em diversos pontos do país, causando inundações, desabamentos, corte de energia e prejuízos enormes, matando ou ferindo inocentes e arruinando a vida de um grande número de pessoas, são um problema de impossível solução, uma vez que ninguém sabe quando vai chover, em que locais e com que intensidade. As autoridades são sempre pegas de surpresa: ora começa a chover no dia 2 de janeiro, ora no dia 3; às vezes os temporais atingem a zona leste, às vezes a zona sul; em alguns anos chove mais no litoral do que no interior, em outros, mais no interior do que no litoral...Enfim, não há o que fazer, senão rezar.

298. Azar: Tem gente que não acredita em sorte ou azar. Eu acredito. Na minha opinião só pode ser por azar que o PT, pela segunda vez, contrata como marqueteiro de suas campanhas, um cara que, mais cedo ou mais tarde, acaba se enrolando na Justiça. É uruca mesmo, tenho certeza.

299. Vícios: Depois de 40 anos, finalmente parei de fumar. Hoje sou alcoólatra.

300. Equinos: Se um cavalo acreditar em Deus, o seu deus será um Cavalão imponente, de vetusta crina e olhar compassivo.

301. Voto: Nas próximas eleições, devemos todos dar um voto de confiança em quem tiver roubado menos.

302. Precaução: Nos dias de hoje, convém ter sempre à mão uma tesoura ou uma chave de fenda, não para se proteger dos bandidos, mas para abrir um pacotinho de bala, bandaid, saquinho de nachos, barrinha de cereais etc.

303. Aspiração: Verdade seja dita: o ideal de todo pé-de-chinelo é ser coxinha.

304. Comparações: Sem querer me comparar a Van Gogh, acho minha orelha mais bonita do que a dele.

45. A mão pesada da Justiça: O procurador-geral deu 20 dias para que o ministro se manifeste, ‘se assim o desejar’. Se não desejar, tudo bem. Esquece.

46. Destemor: Escondida num dos banheiros do palácio, a presidente se comprometeu a lutar em defesa dos direitos do trabalhador.

47. Ingerência: O ex-presidente diz que ‘não quer ter ingerência’ (sic), mas não para de ingerir.

48. Acima de tudo, ordem¹: O governo do Paraná se ofereceu para enviar uma tropa de choque ao Nepal, para ajudar a garantir a ordem democrática e afastar delicadamente as tentativas de saque após o terremoto. O slogan da tropa é: ‘Atenção, nepalês: lá como cá, professor não tem vez’.

49. Acima de tudo, ordem²: Para coibir a violência dos professores, o governo conta com duas matilhas: os pitbulls e os policiais.

50. Pergunta: Alguém aí pode me informar que está governando o país neste momento?

51. Na delegacia: O ex-presidente foi parado na rua e não passou no teste do bafômetro. “Mas, seu delegado, eu estava a pé!”

52. Arca de Noé: Quarenta dias e quarenta noites, trancados ali dentro. Já imaginou o cheiro?

53. Susto: Ao dobrar a esquina, deu de cara – por assim dizer – com a Mula Sem Cabeça.

33, Medida provisória definitiva: A partir de agora, todas as leis deverão terminar com o seguinte adendo: ‘Revogam-se as disposições em contrário. E também as disposições a favor.’

34. Penúria: Eu estava com a corda no pescoço, mas precisei vender a corda pra pagar ‘umas conta’.

35. Toque de silêncio: Para combater a poluição sonora, vamos combinar o seguinte: discurso de paraninfo, necrológio, entrevista com jogador de futebol (antes e depois do jogo), depoimento de réu, defesa de advogado, pronunciamento de qualquer político, promessa de campanha, mesa redonda de qualquer espécie – vamos pôr fim a tudo isso, já que são palavras de merda lançadas ao ventilador da mídia.

36. Voltando ao Gênesis: Que crime teriam cometido o cão, o gato, a girafa, o macaco e todos os outros animais que habitavam o Paraíso, para Deus lhes impor um destino bem parecido com o do Adão e Eva?

37. Mal entendido: Em nenhum momento eu disse a presidente era uma ignorante. O que eu disse – e vocês da mídia é que distorceram minhas palavras – é que a retração no crédito imobiliário ocorre em meio à forte saída de recursos da poupança.

38. Desconsolo: Ao observar, do alto de um ônibus, um menininho pobre, mirrado, ombros curvados, mal vestido, atravessando uma rua de um bairro operário, fiquei pensando no futuro difícil que o aguardava, na vida dura que ele teria de enfrentar. E aí pensei com egoísmo: Ainda bem que já vivi.

39. Nomes: O nome do nosso país vem de uma árvore de cujo lenho se extrai uma tintura vermelha, muito valiosa no século do descobrimento, o pau-brasil. Pensando em todas as sacanagens perpetradas contra nós, acho que o país deveria chamar-se Pau e não Brasil.

40. O tempo passa: Antigamente, eu avanhadava com facilidade. Hoje, já não avanhando mais.

41. Diálogo na delegacia:

- Foi você que caxinguiu? Confessa!

- Juro, doutor. eu nunca caxingui na minha vida!

42. Diálogo:

- Foi o senhor que apogeu?

- Foi, doutor. Mas foi a primeira vez que eu apogi em toda a minha vida. Juro.

43. Sugestão para uma charge: Renan e Eduardo Cunha balançando um coqueiro e um dizendo para o outro: “Se balançar um pouquinho mais, o coco cai.”

44. Furo de reportagem:

- Presidente, Presidente, a senhora no ano passado afirmou que dois e dois eram quatro.”

- Afirmei, não nego isso. Mas hoje o quadro é diferente. Não dá mais para sustentar essa conta. Hoje, infelizmente, dois e dois são três. E olhe lá!

1.   Leis que pegaram no Brasil: lei do mais forte, lei da gravidade e lei do talião. Leis que não pegaram: todas as outras.

2.   Slogan: Abaixo a hipertensão arterial!

3.   AA:  - Boa noite. Meu nome é Rubson. Eu não sou um alcoólatra. Eu só vim ver como é que é isso aqui, caso eu me torne um.

28. Pré-Sal: É sem dúvida uma prioridade, mas há outras prioridades mais prioritárias, de modo que o pré-sal é, na verdade, uma segunditária.

29. Resolução: De agora em diante, em estádios de futebol, será obedecido um segundo de silêncio, em homenagem a algum morto ilustre. Um segundo, porque um minuto ninguém aguenta.

30. Em certos casos: Nem sempre as más línguas são más. Às vezes, elas são muito boas – ótimas, mesmo.

31. A curiosidade matou o gato: Não no meu caso, Meu angorá morreu atropelado.

32. Água: A plaquinha ao lado da bica avisava: ‘Água potável’. Como estava com sede, potei-a.