quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Os bleque bloquers




Quero deixar claro from the very beginning que não vou emitir nenhum juízo de valor sobre a atuação desses jovens que se intitulam black blocs. Cada um faz o que bem entende, e depois aguenta. Quer quebrar, quebra. Quer tacar fogo, taca. quer soltar rojão, solta. Não tenho nada com isso, contanto, of course, que não usem os pneus do meu carro para bloquear a Paulista ou a Consolação, nem joguem coquetel molotov no prédio onde moro.

Meu enfoque é outro.  Esses alegres rapazes e moças que cobrem o rosto com máscaras e chales, que carregam em suas mochilas, vinagre, socos ingleses, barras de ferro e outros inocentes apetrechos, não são – repito: não são - black blocs. Black bloc é o nome do movimento, ou, se quiserem, uma filosofia, cujo objetivo é desafiar, enfrentar e, enquanto a polícia não parte pro pau destruir o que eles chamam de símbolos do capitalismo. Por mim, tudo bem. Não sou um símbolo capitalista. No máximo, um esquerdista desencantado.

Mas, voltando ao ponto de partida, em nome da defesa da língua inglesa (com perdão da rima pobre), devo insistir que esses jovens encapuçados não são black blocs; eles são black blockers, ou black bloc members.

Como existe uma forte tendência de aportuguesar vocábulos estrangeiros, sugiro que eles passem a ser denominados bleque bloquers.

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