terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Oração aos não tão moços


 
 "Maior que a tristeza de não haver vencido é a vergonha de não ter lutado!" 

Em 1920, Ruy Barbosa foi paraninfo da turma de formandos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Para a efeméride (!), escreveu sua famosa Oração aos Moços, que ele próprio não pôde ler, por encontrar-se acamado na época. Fê-lo (!!) o Professor Reinaldo Porchat.
But I digress.  O que isso tem a ver com o que eu pretendo escrever hoje? Provavelmente nada, mas quem sabe no fim do texto eu encontre alguma conexão...
Para as turmas do 3º Colegial, eu costumava dizer para eles prestarem atenção aos próximos dez anos após sua despedida do Porto Seguro. Seriam os anos mais importantes de suas vidas. Eles entrariam na Faculdade, formar-se-iam, começariam a trabalhar, montariam seus próprios negócios, ganhariam dinheiro, casar-se-iam e, principalmente, teriam filhos. Tudo o mais que lhes acontecesse na vida seria mera consequência desses anos. Portanto, era necessário que eles não pisassem na bola. que eles did not screw up, e que eles did their best.

Já se passou quase uma geração que eu pendurei as chuteiras, ou, para usar uma metáfora mais próxima da realidade, que eu pendurei minha caixinha de giz. Pode ser agora o momento de perguntar a vocês, quarentões e cinquentões que, lá atrás, me aguentaram por dois, três ou até mais anos: o que vocês fizeram daqueles dez anos? E o que aconteceu depois deles? E os seus filhos, tudo bem com eles? 

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