domingo, 7 de fevereiro de 2016

Cesarino Jr. e a escola ideal


Prof. Cesarino Jr.
                            

De tudo que o Cesarino Jr., meu professor de Direito do Trabalho na São Francisco, ensinou, só guardei uma frase: ‘O ideal é o real sem os seus defeitos.’
E hoje, domingo de carnaval, comecei a pensar em como seria uma ‘escola ideal’. Infelizmente, não existem escolas ideais, pois toda escola é real e, sendo real, tem defeitos. Eu diria até que, a cada dia que passa, as escolas se tornam mais e mais reais, if you know what I mean.
A mídia, a sociedade, o governo - o mundo, enfim - exercem tal pressão sobre a escola, que é cada vez mais difícil que ela dê conta das expectativas por eles geradas.
Hoje, espera-se que a escola:
a)   prepare o aluno para se sair bem no Enem e em todos os vestibulares que abundam (!) no país;
b)   impeça o bullying, seja ele físico, psíquico, praticado na própria escola ou por via das redes sociais;
c)   faça de cada aluno, no futuro, um cidadão consciente, responsável e patriota, sem apelar para o famigerado curso de Educação Moral e Cívica;
d)   combata o zika vírus, insistindo em repisar todo dia o que a televisão não cansa de repetir;
e)   ataque todo tipo de preconceito, seja ele racial, social, físico ou religioso;
f)    proteja o meio ambiente, enfiando na cabecinha dos alunos que é deles que depende o futuro do nosso castigado planeta;
g)   seus professores sejam, cada um a seu modo, um role model inspirador para as jovens e impressionáveis educandos;
h)   e, last but not least, que conte com um corpo docente, preparado, experiente, que saiba lidar com toda e qualquer situação inusitada dentro de uma classe e que seja paciente durante as aulas e justo em suas decisões.
Escola ideal?

Se vocês souberem de uma escola assim, let me know, que eu matriculo meus netos nela.



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